Apesar do investimento de cerca de R$ 38 milhões do Proinveste para a construção da Central de Abastecimento (Ceasa) de Itabaiana, e da obra concluída e entregue em fevereiro de 2021, o prédio nunca chegou a funcionar.
Informações apuradas por F5News dão conta de que os agricultores estão vendendo pelas ruas da cidade, enquanto a Ceasa permanece de portas fechadas após cerca de um ano da inauguração.
A ideia do prédio era proporcionar aos feirantes e clientes um espaço amplo e moderno, para organizar os produtos e abastecer as feiras dos povoados e municípios próximos à cidade serrana. No entanto, esse momento até agora não aconteceu.
F5News entrou em contato com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade (Sedurbs), órgão responsável pela realização da obra em parceria com a Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehop), para saber quando a questão poderá ser resolvida, no entanto, a Comunicação informou que, após a execução da obra, o Ceasa foi entregue à Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), que passou a ser responsável pelo prédio.
A Comunicação da Sedurbs informou ainda que a empresa vencedora da licitação para administrar a estrutura, Iconbras (Inovação em Concessões do Brasil SPE Ltda), desistiu do contrato de parceria público-privada que havia sido firmado com o Governo do Estado.
F5News também tentou contato com a Seagri, no entanto, após cerca de um dia buscando a posição da pasta, a reportagem não conseguiu retorno sobre os motivos que levaram a estrutura a nunca ser utilizada ou quando a questão será resolvida. Os itabaianenses seguem sem respostas sobre prazos de quando, finalmente, poderão utilizar a Ceasa.
A reportagem tentou conversar com a Iconbras, que também não deu resposta até o horário de publicação desta matéria. O prefeito do município, Adailton Sousa, em conversa com a reportagem do F5News, afirmou que Itabaiana está sendo prejudicada economicamente com o não funcionamento da Ceasa local.
“Infelizmente a empresa que ganhou a concessão não administrou, mesmo por conta de não ter adesão dos comerciantes de hortifrutigranjeiras do nosso município. Vemos com muita tristeza e esperamos que o governo do Estado encontre uma solução. Se precisar da prefeitura, estaremos à disposição para colaborar”, disse o gestor.
Fonte: F5 News