A morte por Influenza H3N2 em Sergipe, registrada nesta terça-feira (28), é mais um alerta para a população redobrar os cuidados e a proteção contra a infecção pelo vírus, segundo ressaltam os médicos. De acordo com o Diretor de Vigilância em Saúde ( DVS), da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Marco Aurélio Goes, no momento quatro pacientes com influenza estão internados com quadro grave.
“A grande atenção que a gente tem é para identificar os casos graves. A gente alerta hospitais e municípios a importância da notificação imediata dos casos de internação, e a coleta de exames para sabermos identificar o que é influenza e o que é covid, porque ambas podem evoluir para a forma grave”, diz Goes.
Os sintomas de covid-19 e influenza se assemelham, por isso, a SES reforça que os cuidados devem ser já recomendados desde o início da pandemia: evitar aglomeração, utilizar máscaras de proteção facial e manter a higienização das mãos sempre constante.
A infectologista Mariela Cometki chama atenção para o vírus, que não é novo no Brasil, nem em Sergipe. “Por ser muito comum, a gripe parece uma doença inofensiva, mas ela pode ser grave e até matar. Ao contrário do que se pensa, o H3N2 não é um vírus novo. Ele circula na espécie humana desde 1968, mas tem um potencial de mutação grande e por isso existe a dificuldade de fazer uma vacina que seja muito adequada para ele. Precisamos das atualizações anuais com as novas cepas”, reforça a especialista.
Segundo Cometki, um dos principais e mais importantes sintomas da gripe é a febre alta, que pode durar em torno de três dias. “Outros sintomas são tosse, coriza, dor de garganta, dor muscular e dor de cabeça. O quadro geral dura em média uma semana. Na forma grave, a gripe causa falta de ar, febre por mais de três dias, dor muscular intensa e prostração”, destaca.
Ainda segundo a infectologista, há um período específico em que alguém gripado pode transmitir o vírus: ele vai de um dia antes do início dos sintomas a sete dias depois deles surgirem. No entanto, quem não está com febre há mais de 24h não oferece risco importante de transmissão.
“A vacinação é a principal maneira, mas também se recomenda lavar as mãos frequentemente com água e sabão, não manipular lenços ou objetos usados por alguém doente, manter os ambientes bem ventilados e evitar a proximidade de pessoas que tenham sinais de gripe”, orienta.