MUSEU DA GENTE SERGIPANA, 10 ANOS DE FOMENTO À CULTURA
Publicada em 02/12/21 às 10:28h - 287 visualizações
Atribuna Cultural - Fundada em 30 de março de 2001.
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(Foto: Divulgação)
Dia 26 de novembro é data importante no cenário cultural sergipano, isso por que o formoso Museu da Gente Sergipana Governador Marcelo Déda está completando 10 anos de pulsante existência. Se há recentemente um local que nos transmite e celebra nossa insigne cultura, história e altivo espírito de Sergipanidade o Museu é, sem dúvida alguma, este lugar de origem. Foi inaugurado num dia 26 de novembro do ano 2011 e mantido habilmente pelo Banco do Estado de Sergipe (Banese).
Ao longo de todos esses efervescentes anos, podemos notar o quanto o Museu se evidencia como relevante paradigma, pois atua como agente valorizador que dissemina a diversidade que delineia o patrimônio tanto artístico quanto cultural de Sergipe. Uma das suas novidades assim que foi inaugurado, foi a questão da total tecnologia que o caracteriza, no sentido de garantir completa interação com o público que frequenta e visita esse belo espaço que respira nossos costumes e tradições.
O extenso acervo se apresenta para as pessoas através dos recursos multimídia implantados, e pelas ações culturais que garantem o fortalecimento cada vez maior da identidade pertencente aos sergipanos. Durante todo o ano, tem-se as disputadas visitas, bem como as maravilhosas exposições que ficam em nível permanente e temporário. Segundo últimos dados, já passaram pelo Museu mais de 700 mil pessoas que sempre saem embevecidas. A função cultural e social que esta entidade representa é sublime para todo o Estado de Sergipe, pois foram inúmeras as premiações que já conseguiu angariar desde sua memorável inauguração.
Dentre tantas honrarias, podemos elencar a Medalha Ordem do Mérito Cultural que é a maior premiação honorífica concedida pelo Ministério da Cultura. Vale destacar o papel primordial que o Banco do Estado de Sergipe desempenha nesse processo de valorização da cultura local. O Instituto Banese está sempre se reinventando e isso que é legal nessa perspectiva. Para quem não sabe, o Instituto atua como agente que inova e traz investimentos no sentido de fomentar o idílico cenário cultural sergipano.
Um personagem se realça com lídima evidência, seu nome? Ezio Déda. Poucas vezes se viu um cara atuar de forma tão dinâmica como é o caso do talentoso arquiteto Ezio, àquele que edifica sonhos e empreende prolíficas realidades. Presidente do Instituto, é figura preocupada em afiançar contínuos projetos voltados para ações no campo da cultura e, sobretudo, da responsabilidade social. Um dos luminosos exemplos dessa atuação, é a Orquestra Jovem, fecundo programa executado em bairros carentes como é o caso do Santa Maria e 17 de março. Desde 2014, a Orquestra conta com o apoio da Energisa e atende mais de 270 crianças e adolescentes, trazendo desenvolvimento humano e social para essa parte da população desassistida
Ao realizar alguns levantamentos sobre a sua ampla biografia, vemos que Ezio Christian Déda de Araújo nasceu em Simão Dias, num áureo dia 30 de outubro do ano 1975, sendo filho de Seu José Febrônio de Araújo e de Dona Creuza Armandina Déda de Araújo, pessoas esforçadas que o educaram sob a fé e caráter retilíneos. Em seu percurso acadêmico é formado em Arquitetura e Urbanismo desde 1999. Fez especialização em Desenho, Registro e Memória Visual pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).
Desde o ano de 2012 é presidente do Instituto Banese, cujo ingresso havia se dado de forma anterior no ano de 2009, data que marca a fundação dessa instituição. Uma das características que se sobressaltam em sua personalidade é a capacidade de habituar-se com o contraditório e enfrentar as antinomias com parcimoniosa sabedoria. Além da arquitetura, possui conspícua paixão pelas letras, chegando a publicar com esmero duas obras advindas da sua insigne sensibilidade: “Árvore de Folhas Caducas” do ano 2001 e outra intitulada “A Casa das Ausências”, de 2010.
A guarda e promoção da memória coletiva sergipana é outro fator preponderante nas basilares pautas dessa entidade. Na Sergipanidade não tem como dissociarmos o desempenho do Museu junto a divulgação dos principais artistas e trabalhos culturais, prova disso fica registrada quando pegamos a média anual de visitantes que gira em torno de 86 mil pessoas.
As programações acontecem nas constantes publicações de livros, shows musicais, apresentações teatrais marcantes, exposições que possuem diversas temáticas e gravações de produções audiovisuais. Não podemos deixar de falar do atraente Largo da Gente Sergipana que se constitui como outro projeto do Instituto Banese objetivado para valorizar e garantir reconhecimento acerca da cultura local e aglutinar modos de sentir e agir perante os elementos que calcam toda a população sergipana.
Portanto, o desejo aqui é que o Museu tenha vida longa pois é espaço etnográfico que materializa e pulsa as manifestações mais vivas da nossa fascinante cultura. Como diria Albert Camus, sem a cultura, e a liberdade relativa que ela pressupõe, a sociedade, por mais perfeita que seja, não passa de uma selva. É por isso que toda criação autêntica é um dom para o futuro. E que afortunado futuro nos aguarda.
Parabéns, somos bem-aventurados!
¹ Texto escrito por Igor Salmeron, Sociólogo - Doutorando em Sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Sergipe (PPGS-UFS), faz parte do Laboratório de Estudos do Poder e da Política (LEPP-UFS). Membro vinculado à Academia Literocultural de Sergipe (ALCS) e ao Movimento Cultural Antônio Garcia Filho da Academia Sergipana de Letras (MAC/ASL). E-mail para contato: igorsalmeron_1993@hotmail.com— sentindo-se profissional em Museu da Gente Sergipana.
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