Última semana do mês e a gasolina deve continuar pesando no bolso do consumidor sergipano. Na semana que passou, o litro do combustível chegou a R$ 6,69 em Sergipe, de acordo com o levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, atualizado nesta segunda-feira (25). Apesar das altas consecutivas, o estado registrou o 3º menor valor entre os do Nordeste.
Desde o começo de outubro, o preço médio da gasolina vendida aos motoristas sergipanos já acumula um aumento de 19 centavos nas bombas. Entre os dias 17 e 23 de outubro, o litro custou em média R$ 6,40, apenas 5 centavos mais barato que na semana anterior.
No final da semana passada, a Petrobras reajustou os preços da gasolina e do óleo diesel nas refinarias e a expectativa é que o aumento seja repassado ao consumidor final a partir desta semana.
Há, ainda, a previsão de que a importação de combustíveis precise aumentar em novembro, trazendo produto mais caro do exterior, como mostrou F5News na semana passada.
Neste domingo (24), o presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou que o governo federal não vai interferir na execução da atual política de preços da Petrobras.
GASOLINA NO NORDESTE
Piauí - R$ 7,15
Ceará - R$ 7,10
Alagoas - R$ 6,99
Rio Grande do Norte - R$ 6,99
Pernambuco - R$ 6,97
Bahia - R$ 6,89
Sergipe - R$ 6,69
Paraíba - R$ 6,58
Maranhão - R$ 6,39
Há quatro tributos que incidem sobre os combustíveis vendidos nos postos: três federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins) e um estadual (ICMS). No caso da gasolina comercializada nos postos, de acordo com dados da ANP, a composição do preço ocorre da seguinte forma:
27,9% – tributo estadual (ICMS)
11,6% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins)
32,9% – lucro da Petrobras (indiretamente, do governo federal, além dos acionistas)
15,9% – custo do etanol presente na mistura
11,7% – distribuição e revenda do combustível
O valor final também depende das movimentações internacionais em relação ao custo do petróleo, e acaba sendo influenciado diretamente pela situação do real – se mais valorizado ou desvalorizado. Por sua vez, é a inflação que impacta na alta do dólar.