Lamentavelmente o patrimônio público e histórico de Estância, vem desaparecendo aos poucos por falta de zelo. Na Praça Barão do Rio Branco, por exemplo, uma localidade central da cidade, existiam muitos sobrados e casarios históricos da iniciativa privada, que foram demolidos e caídos, dando lugar a modernos edifícios.
Mas o que está chamando a atenção da população estanciana é justamente o estado de ruínas que se encontra o tradicional e histórico Coreto, que fica localizado no Parque D. Pedro II, criado em janeiro de 1860, nas proximidades da Praça Barão do Rio Branco.
Este Coreto, de acordo com informações, foi obra realizada pelas mãos do português, Mestre Reis, pai do jornalista Carlos Tadeu, construído em 1936, na administração do prefeito Leopoldo Araújo Souza, genitor do inesquecível prefeito Raimundo Silveira Souza, que era conhecido carinhosamente como Raimundinho.
Para a tristeza dos estancianos, o Coreto está com quase toda sua estrutura física comprometida. O teto já está apresentando buracos em várias partes e o que a prefeitura fez até agora, foi somente isolar o local.
O Coreto da Praça Barão do Rio Branco, como é conhecido por todos os estancianos, no passado, serviu como espaço público para a realização de festas culturais, políticas e religiosas.
Até um tempo atrás, o Festival de Música Popular Nordestina, promovido e realizado pela Rádio Esperança, utilizou este pavilhão como palco. Também o radialista Magno de Jesus, no seu Encontro de Filarmônicas, trouxe diversas bandas de música do interior sergipano para tocarem nele.
As filarmônicas da cidade como, a Lira Carlos Gomes, a Recreio Estanciana e a Euterpe Estanciana, segundo a história, se abrigavam constantemente nesse espaço para executarem seus concertos musicais, compostos de dobrados, valsas, marchas, frevos e outros tipos de canções, que alegravam os seus apreciadores e os visitantes que chegavam em Estância.
De acordo com Paulo Vidal, um saudosista que estava passando por perto do Coreto, na manhã desta quarta-feira, 6, disse a reportagem da Tribuna Cultural, que como filho de Estância e que já apreciou seu pai tocando nesse Coreto, que fica bastante triste com a sua situação deplorável. “Mesmo que a prefeitura pensa futuramente em restaurar a praça, mas antes, já deveria consertar logo o Coreto, o que não pode é deixá-lo cair”, aconselhou.
Por Magno de Jesus
Redação Tribuna Cultural