Ontem, durante sessão do Tribunal de Contas do Estado (TCE), a conselheira Susana Azevedo alertou com preocupação sobre o registro de que há municípios que já divulgam não ter condições para retornar as aulas presenciais este ano, mas só em 2022. Segundo a integrante da Corte, a informação foi passada na reunião do Pacto da Educação de Sergipe. Atuando como presidente da sessão, a conselheira Susana Azevedo comentou sobre o que ficou discutido na reunião do Pacto da Educação, a pedido da Secretaria de Estado da Educação. No encontro, a discussão foi sobre o cenário em Sergipe e envolveu os gestores com o apoio da Corte de Contas e do Ministério Público de Contas.
De acordo com a conselheira Susana, o superintendente do órgão estadual, José Ricardo Santana, expôs sobre o novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e as garantias para os recursos da Educação nos Estados e Municípios. “Ressaltou a necessidade de uma permanente política de melhoria dos indicadores da qualidade da educação por parte dos entes federados, através dos instrumentos e programas educacionais”, comentou.
Sem aulas
Ainda na sessão, a conselheira mencionou a assertiva feita por Kitéria de Barros, secretária da Educação de São Cristóvão e presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação em Sergipe, sobre a situação das escolas. “Ela se mostrou preocupadíssima com os municípios que divulgaram não ter condições para que as aulas presenciais retornem no ano de 2021, só em 2022”, expôs. Sobre o assunto, a conselheira Susana Azevedo apontou como “um caso gravíssimo”. “Porque nós estamos com nossas crianças, da rede pública, sem aula desde março do ano passado. E vamos terminar 2021 sem aulas, então o prejuízo ainda é maior. Eu vou conversar com Cristiano Cavalcante [presidente da Federação dos Municípios do Estado de Sergipe], que se colocou à disposição para conversar com os prefeitos para que as aulas possam iniciar ainda em 2021”, destacou. Por fim, a conselheira reforçou a importância de se discutir as ações e melhorias para uma educação de qualidade. Susana Azevedo mencionou ainda que o procurador João Augusto Bandeira de Mello, do MPC, presidiu e conduziu a reunião do Pacto pela Educação em Sergipe.