A pandemia de Covid-19 afetou diversos setores em escala global e um dos mais afetados foi o campo econômico. A complexidade da situação que o mundo teve que enfrentar por causa do vírus levou muitos países a entrar em colapso economicamente e o Brasil está incluso nessa realidade. É importante destacar que a economia já vinha sofrendo instabilidades, mas é fato que a pandemia acentuou ainda mais.
Os reflexos da crise são os inúmeros fechamentos de empresas, sendo elas de pequeno ou grande porte. De acordo com pesquisa realizada pela consultoria Serasa Experian, no mês de julho de 2021, em apenas quatro meses, o Brasil perdeu quase um terço de todas as micro e pequenas empresas, que faliram ao longo de 2020. Só no ano passado foram 502 mil falências de negócios deste porte, e, entre janeiro e abril de 2021, o número já chega a 139 mil.
Com a análise, nota-se que a porcentagem também é a mesma para as médias empresas, que nos quatro primeiros meses deste ano, 34 mil delas fecharam as portas, representando 27% em relação às 125 mil que deixaram de existir em todo o ano de 2020. Já entre as grandes empresas, 13 mil falências foram registradas nos quatro primeiros meses do ano, sendo que 2020 todo foi marcado com 63 mil registros. Sergipe A equipe do JORNAL DA CIDADE entrou em contato com a Junta Comercial do Estado de Sergipe (Jucese) para questionar a realidade das empresas aqui no Estado em relação à pesquisa divulgada. Para o levantamento, foi feita uma comparação entre o período do mês de janeiro a agosto, nos anos de 2020 e 2021.
Em 2020, de janeiro a agosto, 1.693 empresas fecharam as portas, enquanto em 2021, de janeiro a julho já somam 1.815 fechamentos. O número, segundo a Jucese, representa 69,4% do total registrado em 2020, que finalizou o ano com o encerramento das atividades de 2.614 estabelecimentos. Sobre os motivos para o alto número de fechamento das empresas, a Assessoria de Comunicação informou que é difícil saber de forma exata o que levou ao encerramento. “O motivo do fechamento não tem como a gente saber, mas muitas empresas têm feito alterações. Entendemos que, algumas delas, foi para se adaptar porque o número de alterações subiu muito. O sistema contabiliza qualquer tipo de alteração, seja do ramo de atividade ou até uma simples mudança de nome, endereço etc.”, diz a nota.