Até este domingo, 29, acontece a 58ª Vaquejada do Parque Zezé Rocha, no município de Lagarto, região Centro Sul de Sergipe. Para garantir a sanidade dos equinos que participam do evento, fiscais agropecuários da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) se revezam desde a última segunda-feira, 23.
Cerca de 800 animais de todas as regiões do país participam da Vaquejada e todos devem estar com exames que atestem a ausência de Anemia Infecciosa Equina (AIE) e da doença infectocontagiosa Mormo. A médica veterinária Lucyla Flor é coordenadora de Controle Agropecuário da Emdagro e explica o objetivo da ação. “A Fiscalização Agropecuária está aqui para impedir que os animais adentrem ao local de forma irregular. Então, ao chegarem, são recolhidas a Guia de Trânsito Animal (GTA’s).
Uma vez desembarcados, os animais são rigorosamente inspecionados, sendo conferida a resenha de cada um e a validade dos exames de AIE e Mormo, para garantir a sanidade dos envolvidos no evento”, ressaltou. Na avaliação da responsável técnica da Vaquejada do Parque Zezé Rocha, a médica veterinária Jhully de Carvalho Sobral, o trabalho de parceria entre os organizadores, responsáveis técnicos e Fiscalização Agropecuária tem sido de bastante relevância para a segurança de todos. “A gente garante a segurança dos cavalos e dos próprios criadores, porque hoje cavalo é sinônimo de investimento. Então, a gente tem feito de tudo pra trabalhar em conjunto com a Fiscalização Agropecuária para mantermos o evento sob controle”, frisou a organizadora.
Para o vaqueiro Celso Vitório, do Rancho Juliana de Arapiraca, município de Alagoas, a presença da Fiscalização Agropecuária nos eventos gera mais tranqüilidade aos participantes. “O benefício é para todos, proprietários de animais e donos de parques, porque a presença da Emdagro na entrada dos parques deixa a gente mais tranquilo, já que todos os participantes tem que mostrar que seus animais estão todos os exames todos em dias. Só assim, fazendo exames a cada 60 dias, evitaremos a entrada de doenças como a Anemia e Mormo”, frisou o vaqueiro. EXIGÊNCIAS “A exigência da GTA e dos exames negativos de AIE e Mormo é fundamental para atestar ausência de patologias que coloquem em risco o plantel de equídeos, além de facilitar a rastreabilidade em caso de focos numa propriedade. A presença da fiscalização é de extrema importância, principalmente num evento como esse, porque temos animais oriundos de vários estados e o risco de contágio de doenças infectocontagiosas sempre está presente”, explicou Lucyla, coordenadora de Controle Agropecuário da Emdagro.
A coordenadora reforça ainda que, em casos de inconsistências, seja documental ou de exames, os animais são retidos até que a situação seja regularizada. Caso contrário, o criador fica impedido de participar do evento e deverá retirar o animal do local, com possibilidade de pagamento de multa, a depender do motivo. “Caso os atestados de AIE e Mormo estejam vencidos, os animais são impedidos de entrar no espaço, e o proprietário deverá contratar um veterinário para uma nova coleta do sangue e realização de novos exames, o que não pode ser realizado no local do evento sob o risco de, uma vez eles testando positivo, o parque ser completamente interditado”, detalhou a médica veterinária, explicando que atestados negativos têm validade de 60 dias e levam de um a três dias para ficarem prontos.
EVENTOS COM ANIMAIS
Para promover eventos com aglomeração de animais, como cavalgadas, vaquejadas, exposições, entre outros, os organizadores têm que dar entrada no pedido de liberação do local do evento à Emdagro, com antecedência mínima de 15 dias. Além de uma estrutura adequada, é necessário que tanto os organizadores quanto os criadores de animais que participarão dos eventos estejam cientes da importância da presença da Fiscalização Agropecuária no local, a fim de garantir a sanidade dos animais e evitar a propagação de doenças.