Começa nesta quarta-feira em todo o país a 18º edição da Semana do Pescado. A proposta da campanha é unir toda a cadeia produtiva para estimular o consumo desse produto no varejo e food service brasileiro. Pela primeira vez Sergipe participa do movimento, que contará com uma série de atrativos até o dia 15 de setembro.
Trinta e três bares e restaurantes participam da campanha ofertando um item de seu cardápio para divulgação e comercialização. Um outro atrativo é a realização de uma feira de pescados de forma semelhante a que é promovida anualmente pela Prefeitura de Aracaju no período que antecede a Semana Santa. A estrutura será disponibilizada ao público na Praça de Eventos do Mercado Central entre os dias 9 e 11 de setembro.
A programação contará ainda com um encontro de negócios e a inauguração de um Centro Gastronômico em Ilha das Flores. A ideia do encontro é aproximar jovens do Quilombo Bongue que estão sendo atendidos pelo Sebrae e donos de restaurantes para que eles atuem como fornecedores de produtos para os estabelecimentos. Já o Centro terá como diferencial a criação de uma hamburgueria, onde serão comercializados sanduíches feitos com peixes e camarão.
A Semana do Pescado ocorre anualmente na primeira quinzena de setembro e possui como foco ações promocionais e eventos gastronômicos. Em Sergipe as ações são promovidas por meio de uma parceria entre o Sebrae, a Fecomércio, a Abrasel/SE e Prefeitura de Aracaju. Em âmbito nacional a campanha também conta com o apoio de associações nacionais de pesca e de criadores de camarão, além do Ministério da Agricultura e Associação Brasileira de Supermercados.
Consumo ainda é baixo
Dados do IBGE mostram que apesar de todos os benefícios, o consumo de pescado no Brasil ainda é baixo. Somente em relação à ingestão de peixes, cada brasileiro consome em média sete quilos por ano, número abaixo dos doze quilos recomendados pela Organização Mundial de Saúde.
Já em relação à produção, o Brasil já foi considerado o país com maior potencial para o desenvolvimento da pesca e aquicultura. Hoje, ocupa apenas a 13ª posição na produção de peixes em cativeiro e é o 8º na produção de peixes de água doce. De acordo com a Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR), a piscicultura brasileira avançou 5,93% em 2020, registrando uma produção de 802 mil toneladas, gerando uma receita de R$ 8 bilhões e cerca de um milhão de empregos diretos e indiretos.
“Quando falamos em pescado as pessoas associam apenas ao peixe, mas o termo diz respeito ás espécies marinhas, de água doce ou salgada e criadas em cativeiro ou não. Isso também envolve milhares de produtos que já estão em nosso cotidiano, como crustáceos e moluscos. Queremos com essa campanha desmistificar alguns algumas questões, como a de que esses produtos são difíceis de serem preparados e de que seu consumo deve priorizado apenas em datas especiais, como a Quaresma”, explica a analista técnica do Sebrae, Luciana Oliveira.