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OPINIÃO: HÁ UMA ENORME DIFERENÇA ENTRE FAZER UMA PERFORMANCE QUE LHE DÁ PRAZER E A OBRIGAÇÃO DE VENCER

Publicada em 29/07/21 às 13:04h - 878 visualizações

Ivan Leite


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Ivan Leite, ex-deputado estadual e ex-prefeito de Estância  (Foto: Divulgação)
Algum tempo atrás eu recebi o honroso convite de um jornal para escrever uma crônica semanal.
Agradeci e recusei, pois não tenho o dom de escrever quando quero. As palavras tem vida própria na minha mente e saem quando lhes aprouve sair.
Um atleta olímpico, um atleta de competição, tem que aliar o alto desempenho independente de como estará o seu humor diário daquele dia da competição. E, via de regra, alcançam este patamar mediante anos e anos de exaustivos, repetitivos, treinos. O que lhes permite alcançar bons desempenhos, mesmo nos dias de baixa inspiração.
Em alguns esportes extrema-se a necessidade, como na ginástica olímpica, em que “apenas” um bom desempenho não basta. Tem que ser excepcional o desempenho, e obviamente a carga emocional agiganta-se.
Vendo na fotografia o olhar dela, Simone Biles, pareceu-me estar a ver o olhar do excepcional jogador do Flamengo Bruno Henrique, o qual transparece certo alheamento, da visão concreta aos seus olhos, como se estivesse vivendo algo a mais.
Curiosamente no último jogo do Flamengo ele que estava a comemorar algum evento familiar, logo após o seu primeiro gol dos quatro que fez, ele mandou uma mensagem de comemoração. O primeiro gol foi, corretamente anulado, mas ele fez outros três embalado num alto-astral. Superando uma fase de desempenhos sofríveis para o seu potencial.
Não sou psicólogo, mas almejo que com a Simone Biles aconteça algo parecido e ela reencontre a alegria na busca do excepcional desempenho.
Encontre também o necessário equilíbrio mental de não se cobrar sempre o ouro, pois seja pela idade, seja pelo cansaço, seja pelo desânimo, seja pela falta de sorte momentânea, este poderá ir e irá, brilhar em outro pescoço, e a sua vida precisará continuar sob o brilho permanente do sol. E este, o sol, brilha sempre para todos.
Ps. Não resisto a uma reminiscência, e a uma brincadeira para desopilar o fígado nesta época de pandemia. Lendo o sobrenome da Simone Biles, lembro que antigamente o que acontecia de ruim culpava-se a “bílis”. Rsrsrs

Ivan Leite, 29/07/2021, 04:34 e ainda não dormi.



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