Aos 12 anos, mudou-se para Minas Gerais. Foi estudar internamente no Colégio Cataguases Leopoldinense, e de lá ele mantém até hoje memórias deliciosas, não apenas pelos tradicionais doces mineiros, mas pelo carinho e amizade de famílias e amigos que o acolhiam aos finais de semana e as paqueras de adolescente.
Mudou-se para São Paulo alguns anos depois, para o internato do Colégio Mackenzie, do qual também guarda sempre boas memórias. Serviu ao CPOR - Centro Preparatório de Oficiais da Reserva - Exército, o que lhe era fácil, pelo temperamento disciplinado, mas difícil pelas ações físicas, pois mesmo não tendo limitações que o impedissem de executá-las, a elas não era muito afeito.
Mas conseguiu superá-las através de atribuições que buscou na biblioteca. Aos 19 anos, papai ingressa na já cobiçada nacionalmente e já consagrada formadora de excelentes engenheiros, a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo -, feito este que muito o orgulha.
Na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo estudaram contemporaneamente jovens que vieram a ser dois governadores de São Paulo, Mario Covas e Paulo Maluf. Com este, papai concorreu em eleição para o Grêmio da Poli, e o venceu - fato que atesta a sua grande capacidade de aglutinação e liderança.
Como presidente do Grêmio da Poli, e vindo de outro Estado morar em São Paulo, era conhecedor das dificuldades que enfrentavam os alunos originários do interior e de outros Estados de todo o Brasil.
Por isso, idealizou e empenhou-se na viabilização e construção da Casa do Politécnico. E teve sucesso nesta empreitada, construindo um prédio de 11 andares que, ao término da sua gestão, já estava no sexto pavimento e com recursos assegurados para a sua conclusão.
Em 1950, já formado em Engenharia Civil, papai retorna a Sergipe a convite de seu pai, que dele precisava para dirigir a Fábrica Santa Cruz uma vez que, como senador, iria morar no Rio de Janeiro. Este é o mesmo ano em que conheceu e apaixonou-se pela ainda adolescente Angelina, a minha mãe.
Em 1956, três importantes fatos ocorrem na vida de papai: o time de futebol da fábrica, o Santa Cruz, o Azulão do Piauitinga, sagra-se campeão estadual no primeiro campeonato desta abrangência, e ainda fora campeão seguidamente 1957/58/59/60, sendo o primeiro pentacampeão; é fundada a Companhia Sul Sergipana de Eletricidade, a Sulgipe, e lhe nasce o seu primogênito, euzinho aqui.
Em 5 de maio de 1964, ocorrem os dois maiores reveses de sua vida: a perda prematura de sua genitora, Vovó Carmem e, no mesmo dia, a destruição da Fábrica Santa Cruz por uma gigantesca enchente dos rios Piauí e Piauitinga.
Demonstrando sua garra e seu empreendedorismo, em 1º de maio de 1967 papai inaugura a primeira estação de rádio do interior de Sergipe, a Rádio Esperança, numa data que demonstra explicitamente seu apreço e reconhecimento aos trabalhadores - ele próprio um eterno trabalhador -, a ponto de receber o codinome de um homem chamado trabalho!
Trabalhei no escritório da fabrica Santa Cruz de 1950 a 1955, fui seu correspondente e tinha ligação muito próxima dêle. Sempre foi um excelente patrão e amigo, muito apredí com êle. Excelente administrador e um grnde empreendedor. Orgulho do estânciano. Parabéns, Dr. Jorge, que Deus lhe conceda mais alguns anos de vida com saúde e paz. Um grande abraço.
Dr Jorge sem dúvida merece todas as felicitações, homem visionário que muito ajudou e ajuda a nossa Lira Carlos Gomes. Tive a honra de compor um dobrado em sua homenagem e agradecimento por tudo que faz pela Lira.
Dr Jorge sem dúvida merece todas as felicitações, homem visionário que muito ajudou e ajuda a nossa Lira Carlos Gomes. Tive a honra de compor um dobrado em sua homenagem e agradecimento por tudo que faz pela Lira.
Dr. Jorge, como cita o texto, é um empresário que soube valorizar os seus funcionários, deu oportunidades,um empresário na vanguarda. Este sim!
Gosto de ler a história de doutor Jorge, já li s sua biografia e tenho prazer de ler sempre concernente a ele, pois ele faz parte da nossa história.
Meu patrão a ele devo minha DRT sou hoje Ilza Nery agradeço imensamente a Dr. Jorge do Prado Leite