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Sergipe

POBRES AINDA SÃO OS MAIS AFETADOS PELA INFLAÇÃO

As classes mais atingidas foram as famílias de renda muito baixa, com salário inferior a R$ 1.650, com inflação em 0,92% em maio

Publicada em 16/06/21 às 12:53h - 236 visualizações

Jornal da Cidade


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POBRES AINDA SÃO OS MAIS AFETADOS PELA INFLAÇÃO
 (Foto: Divulgação)

A inflação por faixa de renda voltou a ter em maio elevação em todas as classes de renda pesquisadas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mesmo com a desaceleração registrada em abril. Conforme divulgado pela Agência Brasil, as classes mais atingidas foram as famílias de renda muito baixa, com salário inferior a R$ 1.650, com inflação em 0,92% em maio.

Para as famílias de renda mais alta – entre R$ 8.254,83 e R$ 16.509,66 – o percentual não passou de 0,49% no mesmo período. Os setores de habitação e transportes, de acordo com a pesquisa, foram os grupos que mais contribuíram para o avanço da inflação. Os principais focos de pressão inflacionária da habitação foram os reajustes de energia elétrica (5,4%), da tarifa de água e esgoto (1,6%), do gás de botijão (1,2%) e do gás encanado (4,6%).

Nos transportes, os aumentos da gasolina (2,9%), do etanol (12,9%) e do gás veicular (23,8%) influenciaram o resultado. De acordo com o dirigente do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Luís Moura, os índices demonstram que as famílias com baixa renda são as mais afetadas pelo processo inflacionário no Brasil. “Essa renda de R$ 1.650 é da maioria da população brasileira. Quando você olha o que tá tendo aumento de preço, nós temos aumento da alimentação. Aqui mesmo em Aracaju nós tivemos o aumento de 17% da cesta básica em 12 meses, mas nenhum salário teve um aumento desse montante. Está tendo aumento de habitação, e os itens do dia a dia, como energia elétrica, gás de cozinha, que são itens que tem tido aumento acima da inflação”, explica o economista.

Ainda segundo Moura, os preços dos alugueis de imóveis, em Sergipe, não estão aumentando. “O tem prevalecido é a negociação entre o inquilino e o proprietário, mas, os outros itens da habitação pressionam sim o aumento do aluguel”, acrescenta. Um item que tem mais impactado é o gás de cozinha que, segundo Moura, já sofreu 15 aumentos sucessivos, e nesta última segunda-feira, 14, foi anunciado um novo reajuste de 5,9% no preço do gás GLP.

“Esse produto está inviabilizando o consumo das famílias nesse nível de renda. Fazendo com que as pessoas improvisem, cozinhem com carvão, com lenha, para tentar economizar o gás”, disse Moura.

O economista ressalta que o aumento nos preços de itens de alimentação, gás de cozinha, habitação, entre outros, está subindo, mas não é por aumento de demanda e consumo. “Muito pelo contrário. Caiu o consumo no país. Isso é uma pressão de custo. As exportações de carne estão liberadas. Na Argentina, por exemplo, o governo segurou as exportações justamente para não afetar o preço interno. Mas no Brasil não foi feito isso. Está tendo exportação de carne e os chineses estão comprando a carne brasileira. Então, é claro que tudo isso faz com que as pessoas com um nível de renda menor, sofram mais com esse processo inflacionário que nós estamos vivendo. Aliado a isso, nós tivemos queda da renda na família dessas pessoas, pela demissão de um ou de outro membro da família, ou por todos os chefes de família, a renda cai e também pelo não reajuste”, destaca o economista.

|Reportagem: Laís de Melo/Equipe JC
|Foto: Divulgação




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