No último dia 05.06.2021, Sergipe e o Brasil registraram a data de sete anos do falecimento de Maria V. Leite Franco, um dos Seres Humanos mais admiráveis que o cenário sergipano já viu aflorar em seu fascinante seio. Dona Gina, como era carinhosamente conhecida, estreou num dia 10 de março do ano 1917. Mulher amorosa foi uma genuína mãe para os mais necessitados. Poderia até ser pequena na estatura, mas possuía um coração enorme, caracterizado pela infindável solidariedade e, sobretudo, pela pureza da alma refletida no modo como criou a sua Família nos moldes da retidão, ética e grandeza de caráter.
Uma das coisas que mais se realçava em D. Gina era a descomunal modéstia, atendia a todos sem distinção. Ela foi esposa, mãe e sogra das mais ideais, casou no ano de 1940 com o saudoso e respeitado, Augusto do P. Franco – empresário e político mais influente de Sergipe no século XX. Dessa bela união de 63 anos resultou a insigne dinastia familiar de nove filhos: Albano, Walter, Amélia, Maria Clara, Marcos, Osvaldo, Ricardo, além de Antônio Carlos e Augusto César Franco já falecidos. Maria Virgínia sempre foi uma Mulher determinada, atuante e possuía sublime religiosidade.
A eterna Primeira-Dama de Sergipe era pessoa boníssima, de fino trato sabia conviver de maneira tolerante com lados contrários. Das inúmeras ações que perduram como seu legado humanitário, podemos elencar: criação do Núcleo de Trabalho Comunitário de Sergipe, o que fomentava a formação profissional das pessoas. Dirigiu a antiga Legião Brasileira de Assistência, até então a maior agência de serviço social do Brasil, que ofereceu incondicional apoio aos desamparados. As ponderações de Dona Gina foram pontilhadas pela ternura, amor e empatia em prol da comunidade.
O espírito mais altivo de Sergipanidade reside indiscutivelmente no legado que Dona Gina nos deixou, com todo seu zelo e afeição ao próximo. Apesar de ter sido esposa e mãe de Governador, jamais se deixou contaminar por mesquinhas vaidades. Muito pelo contrário, cada vez mais se mostrava como uma pessoa simples e que gostava de estar em contato com a população. É unanimidade: afortunadas são as pessoas que puderam conviver com ela, pois contagiava a todos com seu jeito alegre e sereno de enxergar a vida. Sua prioridade era ajudar os entes queridos e todos que a procuravam.