Não está fácil para as catadoras de mangabas conhecidas como mangabeiras tocarem “o barco para frente”. A situação é séria e ainda com essa pandemia do Covid – 19 tende piorar ainda. São mães de famílias que só sobrevivem com a colheita da mangaba e com os seus derivados.
Esta semana, 16, a senhora, Edna, presidente da Associação Comunitária das Catadoras de Mangabas, do povoado Riboleirinha, município de Estância, disse à Tribuna Cultural, que a associação tem fabricado muitos derivados da mangaba, mas não consegue vender para o Município de Estância e também para outras pessoas jurídicas, porque está faltando conseguir um documento por nome de Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP), que é o documento de identificação da agricultura familiar e pode ser obtido tanto pelo agricultor ou agricultora familiar (pessoa física) quanto por empreendimentos familiares rurais, como associações, cooperativas, agroindústrias, que segundo Edna, sem este documento, dificulta muito para a melhoria da vida burocrática de sua entidade.
A associação possui uma pequena fábrica na localidade, que transforma a mangaba em doces, bolos, polpas e outros produtos, que são vendidos na frente da fábrica. “Nós só vendemos numa banca, que fica instalada na frente mesmo do prédio da fábrica”, conta Edna.
De acordo com Edna outra situação que está pegando e com isso as mangabeiras vêm tendo prejuízo, é que na frente da fábrica, o espaço não possui infraestrutura. “Na frente da fábrica, o local é de barro, com isso, quando chove vira um lameiro, seria preciso a prefeitura colocar piçarras, para que a gente tenha um lugar digno para vender nosso produto e sustentar nossas famílias”, pediu Edna.
Também, segundo Edna, o telhado e as paredes da sede da fábrica, estão com problemas de infiltrações, e elas estão sem condições financeiras para restaurá-las.
Redação Tribuna Cultural