O Hospital Regional Jessé de Andrade Fontes, em Estância, viveu um dia ímpar nesta quinta-feira, 22, quando 10 pacientes Covid-19 receberam alta médica. Com idades variando entre 31 e 76 anos, eles estavam internados em leitos de enfermaria e de UTI, onde passaram um tempo médio de nove dias, segundo informações da superintendente da unidade hospitalar, Luara Carvalho. “Foi uma ocasião muito importante porque tivemos a maior quantidade de altas em um único dia, desde o início da pandemia”, declarou.
Em um momento de pandemia esse resultado é bem expressivo. São 10 pacientes curados, que liberam os leitos ocupados para novos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com Luara Carvalho, o Regional de Estância possui 18 leitos de UTI, 15 de enfermaria e cinco de estabilização para o tratamento de pacientes Covid-19. Destaca ainda que a unidade é referência para toda a região Sul do Estado na assistência hospitalar de média complexidade.
Para a superintendente, as altas desta quinta-feira revelam avanço na assistência. “Conseguimos evoluir em protocolos e em tratamentos. Além disso, as equipes têm mais experiência e isso influencia diretamente na assistência ao paciente. Vivemos um momento de renovação das esperanças de quem compõe a equipe do hospital. Essa luta já dura um ano e estamos todos muito cansados. Por isso, poder devolver os pacientes aos seus familiares representa um momento de muita felicidade para nós”, disse.
José Reis, 61 anos, passou 10 dias internado no Hospital Regional Jessé Andrade Fontes. Morador do povoado Mangabeira em Umbaúba, região Sul de Sergipe, começou a passar mal na terça-feira, 13, apresentando uma sintomatologia ainda nova para a Covid-19: dor nas costas e muito calor. Foi à urgência e internado de imediato na enfermaria, onde precisou receber oxigênio. O teste confirmou a doença do novo coronavírus.
“Não senti medo porque sabia que Jesus me traria de volta para casa”, afirmou o paciente, convicto de que, se tivesse ficado em casa, teria morrido. “Meu conselho para qualquer pessoa que passe mal é que procure o hospital. Não tenha medo. Ficar em casa pode piorar a situação”, orientou o idoso.
Medo de ficar internada foi o que levou Luzivânia Batista Costa, 47 anos, a preferir voltar para casa ao invés de ficar em observação no Regional de Estância. Sofrendo de desconforto respiratório desde o dia anterior, Luzivânia Costa deu entrada no Jessé de Andrade Fontes na manhã da segunda-feira, 19. De mãos do resultado positivo para Covid-19 que tinha feito dias antes, ela apresentava saturação de que variava entre 93 a 92 e um pouco de comprometimento dos pulmões. Mesmo assim quis ir para casa.
Uma irmã enfermeira acompanhou o quadro da paciente em casa, mas por volta das 6h40 da terça-feira ela retornou à urgência, com saturação em 88, uma queda significativa. Ficou internada, precisou usar oxigênio e não apresentou complicações. Ontem recebeu alta.
José Reis e Luzivânia são unânimes em destacar o atendimento humanizado e qualificado que receberam no Regional de Estância. “São profissionais excelentes”, atestou a mulher, enquanto o idoso preferiu compará-los a anjos. “As meninas que me atenderam são gente de Deus, anjos, bênçãos”, reforçou.