Em Estância, tem autoridades políticas pensando, que nesta pandemia do Coronavírus, a fome só assola as periferias das grandes cidades brasileiras. Puro engano, pois na cidade sulista de Sergipe, Estância, centenas de famílias continuam enfrentando grandes necessidades, principalmente a fome.
Um exemplo claro disto, está acontecendo com as inúmeras famílias do Povoado Ribuleira Grande, zona litorânea do Abaís. Famílias que sobreviviam do pescado e da colheita da mangaba, mas que com esse Covid-19, elas passam necessidades e esperam apenas pelo Auxílio Emergencial e do programa Bolsa Família do Governo Federal. “A situação está difícil num lugar muito carente; muitas mulheres cheias de filhos e sem terem nada para comer”, desabafa Ivonete Santos, presidenta da Associação do Povoado Ribuleira Grande.
De acordo com Ivonete, no Povoado Porto do Mato também existem famílias passando fome. Ela sugere que a Secretaria Municipal de Assistência Social de Estância, faça um cadastro com essas pessoas e o município também arque com um auxílio emergencial em dinheiro e distribua cestas básicas. “Existem muitas famílias nessa região que não têm trabalho, vivem de ‘bico’, da mangaba que vendem, mas quando acaba a mangaba vão ter que ir para o mangue”, disse.
Segundo Ivonete, os bares foram fechados com a situação dessa pandemia; muito desemprego e as famílias estão sem renda econômica. “Tem pessoas que estão sem trabalho, sem dinheiro e não têm auxílio. Elas estão vivendo de um Bolsa Família de R$ 130,00”, desabafa.
OUTRAS REIVINDICAÇÕES
A presidenta da Associação do Povoado Ribuleira Grande, Ivonete Santos, disse que já cobrou da Prefeitura de Estância, seis tonéis para serem distribuídos em alguns pontos estratégicos do povoado, para que os moradores possam contribuir com a limpeza da própria comunidade. “Eu falei com o senhor Marcone, que é o responsável pela parte da limpeza pública no povoado sobre os tonéis e continuo aguardando”, informou.
Outra grande dificuldade que os moradores da Ribuleira Grande vêm passando, é com referência a falta de material de higiene como álcool em gel, máscara e sabão em líquido, que eles não têm a quem pedi. “Uma situação que eu faço um apelo, como nós estamos passando por essa pandemia e têm pessoas que não têm dinheiro para comprar, é que a Prefeitura possa distribuir álcool em e sabão em líquido para a nossa comunidade”, pede Ivonete.
Magno de Jesus
Redação Tribuna Cultural