A produção de caixões para sepultamentos vem sendo comprometida em diversas regiões do Brasil e a problemática também chegou a Sergipe. De acordo com a proprietária de uma madeireira em Aracaju, que fabrica o produto para funerárias, Renata Resende, desde o ano passado que ocorre desabastecimento de madeira, tintas, verniz e demais insumos.
Segundo a empresária, em Sergipe funcionam cinco empresas que fazem ataúdes e vendem para funerárias, incluindo a madeireira dela. Na opinião de Renata, o desabastecimento pode estar ligado aos decretos de lockdown em diversas cidades no Brasil. “As empresas que fabricam por exemplo, prego, estão fechadas porque não são serviço essencial, então, dessa forma não tem produto para vender. Meus fornecedores estão tendo muita dificuldade para encontrar tinta, verniz, prego, parafuso, MDF.
Está tudo em falta no mercado”, conta. Ainda conforme Renata, nos últimos meses teve um aumento na demanda por caixões, no entanto, as vendas crescem em determinados períodos, depois voltam a cair. “Se eu for falar que estamos vendendo absurdamente, vou estar mentindo”, pontua. Na madeireira de Resende, as vendas são por encomenda e somente para pessoa física de funerárias. Segundo ela, a depender do tamanho do pedido, a entrega só poderá ser efetuada após cerca de 30 dias.
Geralmente, funerárias de grande porte encomendam em média 50 a cem caixões por vez. Enquanto as lojas menores compram cerca de cinco ou seis por encomenda, conforme afirma a empresária.