O governador de Sergipe, Belivado Chagas, sancionou a Lei de nº 8.824/2021, que confere à cidade de São Cristóvão o título de Cidade Mãe de Sergipe. De autoria do deputado estadual Francisco Gualberto, a Lei Estadual foi publicada nesta última quarta-feira (24) no Diário Oficial de Sergipe.
Para o deputado, a lei vem valorizar a história e a cultura de São Cristóvão. “Todos nós sabemos que São Cristóvão foi a cidade por onde tudo começou em Sergipe, e também foi a primeira capital do Estado. É uma cidade cujo patrimônio arquitetônico, por si só, demonstra a sua importância para Sergipe, mas por outras questões, a cidade deixou de ser capital e Aracaju assumiu esse papel”, disse o deputado que é sancristovense, nascido no povoado Caípe Velho.
Do projeto
Aprovado por unanimidade pelos deputados da Casa Legislativa no dia 18 deste mês, o Projeto de Francisco Gualberto (que agora é Lei Estadual), destaca que o historiador Adailton Andrade escreveu um importante texto sobre a pertinência do título de “Cidade Mãe de Sergipe” para São Cristóvão, justificando o título. O historiador é membro do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, do Movimento Cultural Antônio Garcia Filho da Academia Sergipana de Letras e também, Acadêmico da Academia Sancristovense de Letras e Artes.
“Em sua obra, o historiador Adailton Andrade destaca a fundação de São Cristóvão em 10 de janeiro de 1590 pelo capitão português Cristóvão de Barros, a primeira cidade de Sergipe e a quarta surgida no Brasil. São Cristóvão foi erguida mais próxima ao litoral, perto da foz do Rio Vaza-Barris, e entre 1595 e 1596 foi transferida como medida de segurança contra uma possível invasão da França, sendo mudada para uma elevação próxima à barra do Rio Poxim, e posteriormente, sem que esteja elucidada a motivação, foi transferida em 1607 para a sua atual localização”, contou Gualberto.