O governo de Sergipe já começou a avaliar a possibilidade de instalar barreiras sanitárias nas divisas com o estado da Bahia para tentar conter a entrada da variante B.1.1.7 do SARS-CoV-2, cepa do coronavírus detectada no Reino Unido, cuja transmissão comunitária foi confirmada em território baiano. A informação foi divulgada na noite desta quinta-feira (18) pela TV Atalaia.
A intenção do governador Belivaldo Chagas, segundo a reportagem, é colocar a questão em pauta na próxima reunião do Comitê Técnico-Científico que monitora a pandemia no estado, agendada para a quinta-feira (25) da próxima semana. Entretanto, interlocutores do grupo já aconselham o chefe do Executivo sergipano a antecipar a adoção da medida, considerando que essa cepa tem a capacidade de se espalhar com mais facilidade do que outras versões do vírus.
Até o momento, a Bahia identificou outros três casos suspeitos da variante do Reino Unido e confirmou a circulação da mesma linhagem do SARS-CoV-2 presente em Manaus, que é a P.1, em 11 pessoas, todos com origem na região Amazônica.
De acordo com a Vigilância Epidemiológica da Bahia, “a transmissão autóctone ou comunitária é assim chamada quando as equipes de vigilância não conseguem mapear a cadeia de infecção, não sabendo quem foi o primeiro paciente responsável pela contaminação dos demais”.
O Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA) fará o sequenciamento de 300 novas amostras, dentre elas, algumas enviadas de Sergipe e de outros quatro estados do Nordeste.
O Lacen sergipano também já trabalha na vigilância laboratorial para detectar no Estado a presença e circulação das três variantes do novo coronavírus de interesse mundial, a P1, de origem brasileira, a B.1.1.7., do Reino Unido e a 501.V2, da África do Sul.