Como uma mulher de negócio, inicio a minha história agradecendo a minha irmã, Lourdes, por ter me incentivada a tornar-me comerciante do ramo de confecções.
No ano de 1994, quando eu era funcionária de uma emissora de rádio (Rádio Esperança), na função de operadora de áudio, minha irmã Lourdes, que já trabalhava vendendo confecções, passou para eu vender algumas peças de roupas aoscolegas de trabalho e aí conseguir vender todas, obtendo sucesso nas vendas. A partir daí fui pegando com ela mais mercadorias para vender.
Colocando Deus no comando, pedi a minha irmã que comprasse mais mercadorias nas cidades de Caruaru/PE e Fortaleza/CE. A partir daí comecei a me organizar financeiramente e, depois a viajar para fazer as minhas próprias compras, também em Caruaru e Fortaleza.
Fui tomando gosto por este ramo e dei um “passo a mais”, colocando uma banca de confecções na feira livre de Estância, funcionando somente aos sábados.
Passei pouco tempo com este ponto na feira livre devido ao meu horário de trabalho na Rádio Esperança, que também era aos sábados, das 12h às 15h.
Ter o meu próprio negócio era o que eu mais queria. Queria alcançar minha meta, então tive que deixar o emprego na Rádio Esperança, justamente para me dedicar a este novo trabalho. Assim, pedi demissão, e com o valor da rescisão, investir na compra de mercadorias, consequentemente ampliando meu mercado e indo vender até nas feiras das cidades de Conde/BA e Arauá, permanecendo nesses lugares por três anos.
Neide e o esposo Magno de Jesus
Uma empreendedora completa não visa tão somente o lado econômico, mas também o lado pessoal e familiar. Com este princípio, e para dar atenção aos meus pais, resolvi comercializar somente em Estância, quando adquirir uma banca de feira num local mais estratégico, e assim, as minhas vendas aumentaram.
Neste período, percebi a necessidade de aumentar meu capital de giro, então procurei o SINE, para obter um financiamento e aplicá-lo de maneira adequada.
Participei de curso de Gestão Empreendedora e como resultado, conseguir sucesso profissional e financeiro. Foi a partir daí que comprei um terreno e construir uma casa.
Graças a Deus, consigo pagar todas as minhas despesas em dia.
Para atender melhor aos meus clientes, procuro diversificar os produtos de acordo com a demanda da moda e época festiva, como o São João, Carnaval, Verão e o Natal.
Procuro oferecer mercadorias de qualidade e preço baixo porque a concorrência é grande neste mercado.
Possuo de maneira organizada as fichas com os nomes e os endereços dos meus clientes, e com isso, procuro ligar sempre para eles, ou indo visitá-los, para informar-lhes a chegada de novas mercadorias, visando assim potencializar as vendas e ao mesmo tempo, avaliar a satisfação deles.
Quanto aos clientes que compram e pagam no mesmo dia, procuro atender às suas necessidades de maneira cortês, para que assim, possam retornar mais vezes á minha banca de confecções.
Para potencializar mais o meu negócio e futuramente a mim, no ano de 2015, tornei-me Micro Empreendedora Individual. A formalidade nas compras fora do Estado, os juros em cima das mercadorias são reduzidos, e aqui em Sergipe, esses juros não são cobrados.
Com referência ao acesso dos agentes financeiros, se percebe claramente um tratamento diferenciado ao MEI.
O MEI tornou-me mais forte, e não quero parar só em ter uma banca na feira livre, tenho como projeto para o futuro, criar minha própria loja de confecções. De início, a loja será instalada na minha própria residência, após ela passar por uma ampliação.
Continuo tendo muita fé em Deus e confiando no meu potencial porque sou persistente e acredito que daqui a alguns anos, realizarei este sonho.
Desejo a todos os meus clientes, amigos e familiares, um Feliz Ano Novo de muitas realizações!
NEIDE SANTANA