Desde ontem a vazão do Rio São Francisco em território sergipano teve aumento de 200 m³/s. Dessa forma, o despejo total passou de 2.600 m³/s para 2.800 m³/s, segundo a Companhia Hidrelétrica do Vale do São Francisco (Chesf).
Em publicação oficial, o Governo do Estado alertou a população sobre os possíveis riscos inerentes ao aumento da vazão do rio. Contudo, em conversa com a equipe de reportagem do JORNAL DA CIDADE, a Superintendência Especial de Recursos Hídricos e Meio Ambiente (Serhma) apresentou uma informação contrária, alegando que “não há risco, pois a vazão média de 2.750 m3/s, fica contida no leito menor do rio”, disse a assessoria.
Já no site do governo, a informação é de que “a população das cidades ribeirinhas banhadas pelo Rio São Francisco devem evitar ocupar a calha principal do rio, uma vez que, com o aumento da vazão, em alguns trechos o volume das águas se torna maior e pode causar pequenos alagamentos nas margens, ocasionando transtornos e riscos aos banhistas e navegadores”, diz a nota.
Ainda segundo a Serhma, a Chesf informou que a mudança atende a uma determinação do Operador Nacional do Sistema (ONS), tendo em vista que o volume equivalente dos reservatórios permite um aumento de geração de energia para atender o Sistema Interligado Nacional (SIN).
Sobre o monitoramento da região, a superintendência disse que mensalmente em reunião por videoconferência coordenada pela Agência Nacional de Águas (ANA), com a participação de diversas instituições, são avaliadas as condições hidrometeorologicas do Rio São Francisco. “Este aumento de vazão trará um benefício muito grande na recuperação da biodiversidade no Baixo São Francisco”, finalizou.