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Sergipe

INTERVENTOR DISSE QUE PEGOU HOSPITAL DE ESTÂNCIA COM DÍVIDA DE 28 MILHÕES

Uma das principais atividades que sua administração empregou no HRAM, foi cem por cento dos plantões abertos, atendendo à população

Publicada em 30/11/20 às 12:41h - 628 visualizações

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INTERVENTOR DISSE QUE PEGOU HOSPITAL DE ESTÂNCIA COM DÍVIDA DE 28 MILHÕES
 (Foto: Divulgação)

Há 12 meses no comando e HRAM com nova cara, Paulo Roberto Daltro de Carvalho, interventor do Hospital Regional Amparo de Maria, da cidade de Estância, substituiu os interventores Zé Magno e Joaldo dos Santos, que foram indicados pelo Governo do Estado e pela Justiça. Daltro, hoje é o único interventor do HRAM, que foi indicado pelo Poder Judiciário. O que dois interventores faziam no hospital, hoje somente ele vem fazendo.

Na entrevista que concedeu na manhã desta segunda-feira, 30, ao radialista Théo Baptista (rádio Esperança), o interventor disse que seu  nome surgiu para dirigir o HRAM,  pelo fato do governador Belivaldo Chagas não querer colocar um nome local, ou seja, um nome de Estância, para não haver ingerência política, e ele entrou como um nome técnico.

Daltro relatou que, de início, quando foi tratar de assuntos com os funcionários e fornecedores do HRAM, ele tratou todos de forma igual, também pelo fato de não conhecer a cidade e ainda por onde já passou, tratou-os de forma igualitária.

Uma das principais atividades que sua administração empregou no HRAM, foi cem por cento dos plantões abertos, atendendo à população. “Não foi reforma de prédio nem outra coisa, para mim o atendimento à população de Estância e da região sul do Estado é fundamental”, destacou.

Paulo disse, que quando assumiu a direção do HRAM, encontrou 28 milhões de dívidas na Casa de Saúde, pós-intervenção. “O que gerou a intervenção foi um débito de 100 milhões, pode ser um pouco mais, pode ser um pouco menos”, disse. Ele acrescentou que pegou um quadro de funcionários desmotivados e muitos prestadores de serviços desacreditados com o Hospital Amparo de Maria.

De acordo com Daltro, por mais que o HRAM preste serviço público, mas ele é um hospital privado. “Ele é uma entidade filantrópica, não tem fins lucrativos e presta serviços para o Estado”, informou.

Assim que assumiu o HRAM com essa dívida alta, o novo interventor disse que chamou todos os funcionários e anunciou que eles ganham pelo que produzem então todo final de mês, o HRAM apresenta ao Estado o que produziu, e o Estado paga pelo serviço prestado. “Quando eu peguei a direção foi uma das maiores crises que o HRAM já tinha enfrentado (greve dos trabalhadores e maternidade fechada), e eu apresentei essa realidade para os funcionários: se vocês estão parados em greve, significa que o hospital não está produzindo, então como é que no final do mês o HRAM vai ter dinheiro para pagar a vocês”, lembrou Daltro.

Depois de um entendimento, o novo interventor se comprometeu a quitar todos os débitos com os funcionários do HRAM. “Eles compreenderam esse momento e essa realidade, e a partir daí, foram retomados os serviços e no nosso compromisso, eu venho pagando salário e férias em dia”, disse.

Quanto aos salários, férias e décimos que existem sem pagar desde 2017, Daltro disse que estão na faixa de dois milhões.

Atualmente o HRAM tem oferecido os serviços de maternidade (ultrassom, cardiotopógrafo, centro cirúrgico, anestesia), fortalecimento da tomografia, ultrassonografia, raios x (digitalizado). “O que levou o HRAM a esse colapso foi essa dependência do SUS, porque quando não faturava não tinha recurso”, disse.




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