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Sergipe

UMA RODOVIA CENTENÁRIA

(A ESTRADA ESTÂNCIA – SALGADO)

Publicada em 28/11/20 às 14:42h - 462 visualizações

Luiz Fernando Ribeiro Soutelo (Do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe e da Academia Sergipana de Letras)


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UMA RODOVIA CENTENÁRIA
 (Foto: Divulgação)

A ideia

O ano de 2020 é um ano importante na nossa História. Vários são os fatos  que, durante ele, devem ser lembrados. O primeiro de todos é a passagem do bicentenário da Independência de Sergipe, em função da carta régia de Dom João VI, de 8 de julho de 1820, separando-nos da Bahia. Um outro transcorreu no último dia 20 de janeiro e passou despercebido pelos sergipanos, principalmente por nossas autoridades rodoviárias: o centenário da inauguração da rodovia SE 472, entre os municípios da Estância e do Salgado.

Construída por particulares, como veremos adiante, sob o comando do Comendador João Joaquim de Souza Sobrinho, da Companhia Industrial da Estância, o qual reuniu junto a ele outros industriais, comerciantes, proprietários de usinas e engenhos do sul de Sergipe e de pessoas da comunidade, a estrada Estância-Salgado é um marco do rodoviarismo em Sergipe.

A origem dessa estrada tem razões históricas e se perde na trajetória de Sergipe e da região que tem a Estância como centro.

 Vamos a elas.

Desde o período colonial a povoação da Estância, no termo da Vila Real de Santa Luzia do Piagui (Piauí), teve sempre uma posição destacada nas rotas de comércio de Sergipe, pois situada no fundo do estuário do Piauí/Real, no ponto antes do trecho encachoeirado do rio Piauí, onde recebia as embarcações (sumacas, iates e palhabotes) que transpunham a barra do Real e subiam o curso d´ água, num dos canais que se formam a partir da ilha alagada do Vitorino (o outro segue pelo Real até Indiaroba – antigo Espírito Santo – e mais além onde se encontra  a cachoeira sob a ponte na rodovia Camilo Calazans de Magalhães, na Bahia, próxima a Cachoeira da Abadia).

Traziam mercadorias para a região sul de Sergipe e saíam barra a fora, no retorno, levando produtos da terra, como o açúcar, a farinha de mandioca, os couros, dentre outros.

Aliás, há quem diga – e eu sou um deles – que o nome do local – Estância, está estreitamente ligado à atividade comercial, longe de lembrar o de fazenda de gado, como hoje se acredita, o que parece ser uma invenção do Mons. Vitorino Correia Fontes para, em seguimento a uma bula do Papa Pio IX, ao transformar Nossa Senhora de Guadalupe, venerada no México, Padroeira Celestial da América Latina, mudar a data da festa para 12 de dezembro, pois inicialmente acontecia em 2 de fevereiro.

Parece ser uma história da carochinha a de que Pedro Homem da Costa, o doador das terras da Estância a Nossa Senhora, era mexicano e que a origem da cidade lembra “fazenda de gado” em algumas regiões da América.

Com a engendração dessa história, o zeloso Vigário teria transferido a imagem original para o povoado Saco do Rio Real, com o nome de Nossa Senhora da Boa Viagem, e entronizado outra conforme a que é venerada no México

Mas, voltando ao fio da meada, é oportuno colocar, como reforço à tese, que estância, segundo o “Novíssimo Dicionário da Língua Portuguesa”, organizado pelo Lagartense Laudelino Freire, tem também o sentido de “lugar onde os navios estão no porto”.

Querem prova maior do que essa?

Em função da posição estratégica, a Estância era um importante centro de comércio, repassando mercadorias para outros municípios de Sergipe e chegando a vilas e povoados limítrofes da Bahia.

Independente de Santa Luzia (em 1831 passou a vila e, em 1848, a cidade), ela sofreria um duro golpe no início do século XX (1907), quando se decidiu ligar Bahia a Sergipe, prolongando a estrada-de-ferro, cujos trilhos tinham parado em Timbó, até Propriá, no norte do Estado, com uma derivação na altura do engenho Murta, o que permitiria um ramal ferroviário para  Capela.

É que, por razões técnicas, a estrada-de-ferro deixou de cortar o território da Estância, descolando-a mais para a nascente dos rios. Aproximá-la da foz dos cursos d´água significava aumentar o custo da construção, por serem necessárias pontes maiores.

Ao mesmo tempo, os navios da Companhia Baiana e do Lóide Brasileiro, que faziam a linha para o norte até Recife, frequentando os portos de Sergipe, passaram a ter problemas de entrada em nossas barras, principalmente a da Estância, em função do assoreamento dos canais e do aumento da tonelagem das exportações.

Isolada a cidade por terra e por água, pela ferrovia e pelas linhas de navegação, o comércio e as indústrias da cidade buscaram alternativas  para evitar a perda de mercados. A solução foi interceptar a estrada-de-ferro (da “Chemins de Fer Fédéraux de l´ Est Brésilien”, uma companhia de capital misto – francês e belga)  no ponto mais próximo da cidade, apresentando-se então duas alternativas: Boquim e Salgado, então parte do município da Estância (tornou-se independente em 1927).

Após os estudos a primeira opção foi descartada porque se tornaria dispendiosa em função da necessidade de construir uma ponte muito larga sobre o rio Piauí, entre Riachão do Dantas e Boquim.

Escolheu-se a alternativa por Salgado, onde os rios eram menos largos, inclusive o Piauitinga, transposto por uma ponte logo após a fazenda Ema.

Ademais, levar a estrada até aquele povoado dava mais condições de, numa segunda etapa, prolongá-la até a fronteira com a Bahia, passando pelas cidades de Lagarto e Simão Dias.

Todos os estudos foram desenvolvidos pelo Engenheiro José Bina Fonyat, cuja memória descritiva integra o acervo do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, incorporado com a doação do arquivo do Dr. Urbano Neto, por decisão de seus filhos.

 

Bibliografia:

 

FREIRE, Laudelino (org.) Novíssimo Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Editora “A Noite”, 194q.


 

Uma rodovia centenária

(A estrada Estância – Salgado)

(II)

 

Luiz Fernando Ribeiro Soutelo

(Do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe e

da Academia Sergipana de Letras)

 

 

A obra

 

            Para a execução da obra, constituiu-se uma empresa – a Companhia Autoviação do Sul de Sergipe, com capital de duzentos contos de réis, cujo maior subscritor era o Comendador João Joaquim de Souza Sobrinho, português de nascimento e brasileiro por adoção, tendo se fixado na Estância, aonde casou com uma filha dos Calhordas, cuja firma comercial ele adquiriu pelo casamento. Também na Estância, com recursos próprios e de negociantes de Salvador, construiu em 1891 a Fábrica Santa Cruz, a segunda indústria de tecidos em Sergipe.

 

            Ao mesmo tempo, em 1918, a empresa conseguia do Estado (administração do Presidente Manuel Prisciliano de Oliveira Valadão) a concessão para explorar o serviço de passageiros e carga entre a cidade e o povoado, por onde passava o trem .

 

            A obra de 33,2 km, que passava pelas Alagoas, pela Cabeça do Boi e seguia até o Salgado, foi executada por Genaro Rosa, um comerciante de Itaporanga d´Ajuda, que a começou no final de 1918.

 

            Não foi uma obra relativamente fácil, pois teve que acompanhar a topografia da região, como no caso da curva da Bandeira, muito acentuada, devendo ser assinalada por uma bandeirola vermelha para lembrar o perigo, e de atravessar terrenos de massapê, o que no futuro, nos períodos de chuvas mais intensas, se constituiria num problema por obrigar a interrupção do tráfego de veículos.

            Além dos óbices técnicos, teve o trabalho de enfrentar outros como uma epidemia de gripe (gripe espanhola), em novembro de 1918, que, “alastrando-se entre os trabalhadores, vitimou alguns destes modestos, mas dignos trabalhadores, apesar da assistência da Empresa, secundada pelo patriótico Governo do Estado, prestou a todos”. (FONYAT José Binat. Memória descritiva da estrada de rodagem – da estrada de ferro da Bahia a Sergipe, à cidade da Estância (IHGSE – Fundo Urbano Neto, caixa 153, doc. 184)

 

            Antes mesmo de estar pronta a estrada, os três primeiros carros chegaram à cidade recebidos com grande festa, com arcos de triunfo forrados de verde e amarelo, ornados com bandeiras multicoloridas, armados desde a praça da Matriz e descendo pela rua Capitão Salomão, a principal artéria da cidade, por ser a rua do comércio, marcada pelos sobrados e casas revestidas de azulejos.

 

            Segundo Raymundo Silveira Souza, a cidade “tremia de entusiasmo que ainda não vira, queria conhecer, o automóvel e comemorar o grande evento” (SOUZA, 2000, p. 42)

 

            Vinda do Salgado, povoado usado por famílias estancianas como um local de veraneio por suas águas ditas termais, a rodovia, depois de passar pela Cabeça do Boi, cruzava as Alagoas. “seguindo hoje o trecho já calçado e vindo sair na Praça 7 de Setembro, onde foram derrubadas algumas casas para sua passagem, em que prosseguia pelos quintais das mesmas casas até a rua do Quilombo. Esse trecho tem hoje o nome de Salustiano Prata, em homenagem ao Juiz de Direito da Cidade, que foi um dos trabalhadores da construção da estrada”. (Idem, 42)

 

            Terminava a estrada na frente da matriz, hoje catedral de Nossa Senhora de Guadalupe, seu marco zero.

 

            Por esse trajeto passaram os carros, entrando então na rua Capitão Salomão, tendo à frente um Ford de bigode, no qual “embrulhado numa bandeira nacional vinha o construtor Genaro Rosa, que de contentamento parecia estar mais gordo naquele momento” (Idem)

 

            Este dia de glória para a cidade seria superado pelo dia da inauguração da rodovia, a 20 de janeiro do ano seguinte, com a presença do Presidente do Estado, Pereira Lobo, cujo carro chegou à Estância acompanhado por mais onze veículos. Exatos sessenta anos antes, marcaram a visita do Imperador Dom Pedro II. Dela constaram um banquete na casa do comendador Souza Sobrinho (hoje residencia episcopal), no largo do Humaitá ou praça da Cadeia (atualmente praça Jackson de Figueiredo), visita às fábricas de tecido e às usinas de Santa Luzia.

 

            “Foi inaugurada com grande regozijo público e um sinal de júbilo pela passagens do 1º centenário da nossa Independência, a que associaram as autoridades sergipanas, tendo então o Presidente do Estado, Cel. José Joaquim Pereira Lobo, participado pessoalmente em Salgado, das solenidades, fato regional de suma importância para marcar, pelo esforço do povo e, sobretudo, pela decisão do homem do interior, a transformação dos nossos meios de transporte e o soar de uma nova era para a consumação de ardentes entusiasmos” (Sergipe Rodoviário, 1956, p. 27).    

 

            Para atender ao trânsito de pessoas e mercadorias entre as duas localidades, foram adquiridos dois automóveis, de fabricação francesa e suíça respectivamente, e um caminhão. Os automóveis , no entanto, por serem velhos viviam quebrando e, segundo Raymundo Silveira Souza, não raro chegavam à garagem na rua dos Ferreiros (atual Joaquim Calazans), arrastados pelo caminhão.

 

            A estrada, ao longo do tempo, apresentou-se deficitária, obrigando o sócio majoritário da Companha, o Comendador Souza Sobrinho, fazer aportes de recursos para cobrir os custos operacionais, com o material rodante e com a própria via, retificando-se os trechos que se degradavam em função do tráfico e das intempéries.

 

            Em 1923, no operoso governo de Graccho Cardoso, o Estado incorporou a estrada ao seu patrimônio e deu início à sua continuação para o oeste, fazendo-a chegar a Lagarto.

 

 

            No meu arquivo tenho duas ou três cartas do Comendador Souza Sobrinho a meu bisavô Cantidiano Vieira, nas quais trata da venda.

 

Bibliografia:            

 

FONYAT. José Binat. Memória descritiva da estrada de rodagem – da estrada de ferro da Bahia a Sergipe, à cidade da Estância (IHGSE – Fundo Urbano Neto, caixa 153, doc. 184)

SOUZA, Raymundo Silveira. Gente que conheci...coisas que ouvi contar. Estância: Prefeitura Municipal, 2000.

Sergipe Rodoviário, DER/SE, 1956.

Uma rodovia centenária

(A estrada Estância – Salgado)

(III)

 

Luiz Fernando Ribeiro Soutelo

(Do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe e

da Academia Sergipana de Letras)

 

 

A expansão rodoviária em Sergipe

 

            Em 1921, estimulado pela construção da primeira rodovia, o Estado passou a investir na abertura de estradas como a Laranjeiras/São Paulo (atual Frei Paulo) e Salgado / Lagarto/Simão Dias, era esta fruto de um contrato com a Inspetoria de Obras contra as Secas.

 

            Defendia o Presidente Pereira Lobo a construção das ligações de Aracaju e a praia de Atalaia, como uma opção de lazer para a população da Capital, e Aracaju e o Centro Agrícola (o Quissamã), aonde aconteceu, durante o governo do seu sucessor – o Presidente Graccho Cardoso uma experiência com colonos japoneses.

 

            Ao governo de Graccho Cardoso, devemos a construção de uma via ligando Aracaju e a  estação da Cabrita,  São Cristóvão e o Cristo, no alto da Mangabeira, local que no período colonial os Carmelitas mantiveram a capela de São Gonçalo.

 

            Em 1926, Sergipe contava com 22,5 quilômetros de estradas e, no ano seguinte, com 328,5 quilômetros, estando ainda em vias de conclusão as rodovias Boquim / Estância e Aracaju/ Nossa Senhora do Socorro, totalizando mais 42,5 quilômetros.

 

            Ao mesmo tempo, na administração do Presidente Manuel Correia Dantas, definia-se, através do Departamento de Obras Públicas, sob a direção do Engenheiro Leandro Maynard Maciel, um plano viário para o Estado, no qual eram previstas duas estradas tronco que se interligariam.

 

            Esse plano, com certeza definidor do sistema rodoviário do Estado, , inclusive daquelas estradas que viriam a ser abertas, é da maior importância. Lembrava inclusive  uma estrada que, partindo de Laranjeiras, na direção de Maruim, seria “outra estrada de grande alcance econômico, cujo desenvolvimento depende dos recursos orçamentários do Estado”:

 

            E concluía afirmando que “assim, ficaremos com três estradas principais: sul – centro – norte e um plano assentado de trabalho organizado” e, “completando o sistema, temos as estradas isoladas que dão acesso às estações da Estrada de Ferro Leste Brasileiro, às povoações que não dispõem de rios navegáveis” (Sergipe Rodoviário, 1956) 

 

            Nesse mesmo período, o Estado se instrumentalizava com a definição de recursos para obras rodoviárias com a criação do Fundo Especial de estradas de rodagem (Lei no. 1051, de 4 de outubro de 1929), constituído por imposto gerado sobre os terrenos lindeiros às estradas rodoviárias, e em 1933 com a Inspetoria Geral de Estradas de Rodagem, a qual adquiriria ao longo do tempo uma larga experiência em obras de estradas, fazendo das de Sergipe das melhores do Nordeste.

 

Uma rodovia centenária

(A estrada Estância – Salgado)

(IV)

Luiz Fernando Ribeiro Soutelo

(Do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe e

da Academia Sergipana de Letras)

 

 

Conclusão

            É oportuno colocar que, nem sempre, essas obras rodoviárias eram bem recebidas por certos grupos que viam ameaçado o seu domínio sobre regiões. É o que aconteceu com os cangaceiros ligados ao grupo de Lampião.

 

            Além  de outros casos, registram-se ocorrências em Sergipe paralisando obras. A mais lembrada, com certeza, é aquela que aconteceu em 1937, quando uma no sertão sergipano foi embargada por um grupelho de desordeiros sociais, fazendo com que “a importância do trabalho fez com que a empresa construtora adquira uma partida de submetralhadoras Thompson, calibre 45, de fabricação americana, com vistas a suspender o embargo abusivo” (MELLO, Frederico Pernambucano. 1985, 211).

Bibliografia:

MELLO, Frederico Pernambucano de. Guerreiros do Sol. Recife: Editora Massangana, 1985.

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Para saber mais:

(além das fontes indicadas após cada capítulo)

 

1.    Mensagem apresenta á Assembléa Legislativa de Sergipe pelo Presidente do Estado General Manuel P. de Oliveira Valadão em 7 de Setembro de 1918 ao installar-se a 1ª. Sessão Ordinária da 13ª. Legislatura. Aracaju: Imprensa Oficial, 1918

2.    Mensagem apresentada á Assembléa Legislativa de Sergipe pelo Presidente do Estado General Manuel P. de Oliveira Valadão, em 7 de Setembro de 1919, ao installar-se a 2ª. Sessão Ordinária da 13ª. Legislatura. Aracaju: Imprensa Oficial, 1919

3.    Mensagem apresentada á Assembléa Legislativa, em 7 de Setembro de 1920, ao Installar-se a 1ª. Sessão Ordinária da 14ª. Legislatura, pelo Coronel Dr. José Joaquim Pereira Lobo, Presidente do Estado: Aracaju: Imprensa Oficial, 1920.

4.    Mensagem apresentada á Assembléa Legislativa em 7 de Setembro de 1927, ao instalar-se a 2ª. sessão ordinária da 16ª. Legislatura, pelo Sr. Manoel Correa Dantas, Presidente do Estado. Aracaju: Imprensa Oficial, 1927

5.     Mensagem apresentada á Assembléa Legislativa em 7 de Setembro de 1928, ao installar-se a 3ª. sessão ordinária da 16ª. Legislatura, pelo Sr. Manoel Correa Dantas, Presidente do Estado. Aracaju: Imprensa Oficial, 1928

6.    Mensagem apresentada á Assembléa Legislativa em 7 de Setembro de 1929, ao installar-se a 1ª. sessão ordinária da 17ª. Legislatura, pelo Sr. Manoel Correa Dantas. Aracaju: Imprensa Oficial, 1929.

7.    Mensagem apresentada á Assembléa Legislativa, em 7 de Setembro de 1924, ao installar-se a 2ª. sessão ordinária da 15ª. Legislatura, pelo Dr. Maurício Graccho Cardoso, Presidente do Estado. Aracaju: Imprensa Oficial, 1924

 




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