O segmento industrial em Sergipe passa a contar novos investimentos e ampliação na produção, sendo destaque no cenário nacional. As operações de expansão da Indústria Vidreira do Nordeste (IVN), situada no município de Estância, já foi iniciada, gerando um aumento de 70% da capacidade produtiva da fábrica. A medida, que contou com o apoio do Governo de Sergipe, foi resultado de um investimento superior a R$ 100 milhões e possibilitou a ampliação do quadro de funcionários de 140 para 300 trabalhadores diretos. A iniciativa é um dos eixo dos Programa de Recuperação Econômica - Avança Sergipe, como forma de atrair indústrias e promover o desenvolvimento econômico do Estado.
A expansão transformou o empreendimento em um dos mais modernos do Brasil no setor, uma vez que a fábrica estanciana dispõe de equipamentos cuja produtividade é 30% maior do que os já disponíveis no mercado. O Governo do Estado acompanhou o processo de crescimento da indústria desde sua aquisição, dando suporte ao grupo Vidroporto Embalagens, responsável pela IVN. Este apoio é reconhecido pelo diretor presidente do conglomerado, Edson Rossi.
“Para sucesso deste projeto, primeiro com relação à aquisição da planta e posteriormente em sua ampliação, foi fundamental a participação do Governo do Estado de Sergipe, através da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), da Companhia de Desenvolvimento Econômico (Codise) e do próprio governador. Entre várias outras ações, a iniciativa do Governo de reduzir o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do gás natural para uso industrial em Sergipe foi decisiva na tomada de decisão para a ampliação da capacidade da planta, na medida em que possibilitou mais competitividade para a indústria instalada no estado”, relata Rossi.
Para o governador Belivaldo Chagas, a expansão da IVN representa um importante incremento para o setor industrial sergipano. “Desde o início, nos colocamos à disposição do grupo Vidroporto e da IVN para que a fábrica retomasse seu pleno funcionamento, gerando emprego e renda. É uma grande satisfação ver esta expansão acontecendo e saber que tivemos nossa parcela de contribuição enquanto Governo do Estado, através, por exemplo, da redução do ICMS do gás para o setor industrial. Nossa pretensão é de seguir fazendo tudo o que estiver ao nosso alcance para que ações como essa sejam possíveis”, afirma Belivaldo.
Ampliação
Ainda de acordo com o diretor presidente, o aumento do volume de produção se deu como resposta às dificuldades com custos operacionais e atendeu ao potencial produtivo da fábrica, tornando-a mais competitiva em virtude da tecnologia implantada. Em uma nova etapa, o projeto deverá contemplar a instalação de uma usina de beneficiamento de cacos de vidro.
“Com a linha de beneficiamento de caco, nosso objetivo é potencializar a utilização deste insumo na fabricação de embalagens de vidro, contribuindo com a implementação da logística reversa, reduzindo significativamente a dependência de matéria prima retirada da natureza. É uma atividade que possui impacto social importante, porque cria toda a cadeia de suprimentos do caco de vidro, desde o descarte da embalagem, coleta, transporte e beneficiamento”, detalha o diretor presidente.
A ampliação oportunizou ainda o crescimento do consumo de energia elétrica, matéria-prima - areia e cal - e principalmente de gás natural, gerando ainda mais desenvolvimento para toda a cadeia, uma vez que a IVN é atualmente o segundo maior consumidor do insumo no estado. Antes da expansão o consumo da indústria era de 34 mil m³/dia, passando agora é 48 mil m³/dia.