Nesta quinta-feira, 17, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018 referente ao tema “Análise da Segurança Alimentar”, utilizando como parâmetro a Escala Brasileira de Medida Direta e Domiciliar da Insegurança Alimentar (EBIA).
Em Sergipe, 40 mil domicílios se enquadravam na situação mais crítica da escala, isto é, de insegurança alimentar grave. Nesses domicílios, viviam cerca de 117 mil pessoas. Insegurança alimentar grave envolve redução na quantidade de alimentos de adultos e crianças.
A pesquisa verificou ainda que mais de metade das pessoas residentes em Sergipe tinham algum tipo de insegurança alimentar no período investigado. Em números absolutos, essas pessoas contabilizava cerca de 1,1 milhão de pessoas, ou aproximadamente 51,7% da população. Elas se subdividiam em três grupos relativos ao grau de insegurança alimentar: leve, moderada ou grave.
Do total de pessoas que viviam em domicílios com insegurança alimentar, a maioria estava na situação menos crítica da escala: 760 mil pessoas em situação de insegurança alimentar leve, o que indica uma preocupação ou uma incerteza quanto ao acesso aos alimentos no futuro ou uma alimentação inadequada resultante de estratégias que têm por objetivo não comprometer a quantidade de alimentos consumidos.
A insegurança alimentar moderada, por sua vez, indica uma efetiva redução quantitativa de alimentos no domicílio e/ou ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos, mas, em ambos os casos, com repercussão direta restrita aos adultos. Em Sergipe, eram 296 mil pessoas nessa condição.
Apesar de ser o menor percentual da região Nordeste, cuja média ficou em 7,1%, a proporção é mais que o dobro da observada na região Sul, onde o número ficou em 2,2%. A situação de insegurança alimentar grave é mais crítica na região Norte, onde 10,2% dos domicílios reportaram essa condição.
|Foto: Antônio Cruz