O Sindicato dos Servidores Públicos de Estância e Arauá (Sindseme) denuncia que o prefeito de Estância, Gilson Andrade (PSD) tem se utilizado do período pré-eleitoral para pagar uma gratificação de 30% aos contratados no recente Processo Seletivo (PSS) cuja realização foi feita às escuras após a aprovação sem o mínimo de transparência pelos vereadores da Câmara de Estância.
Após tomar conhecimento de que Gilson Andrade tem favorecido os recém-contratados e excluindo os servidores efetivos do recebimento da gratificação, Sindseme aprofundou a pesquisa e descobriu que o PSS fora aprovado ainda em julho deste ano e só veio a público no final do mês de agosto.
“É grave o que tem sido feito por Gilson. Além da injustiça que envolve os efetivos, ele e a Câmara de Estância tramitaram esse projeto sem nenhuma participação da sociedade, muito menos de entidades de classe como o Sindseme. Só agora, dois meses depois, tivemos conhecimento da realização desse processo, cuja possibilidade de favorecimento e abuso político deve ser investigada pelos órgãos de controle, dado o período pré-eleitoral em que vivemos”, pontuou a presidente do Sindseme, Simone Rocha.
Em abril deste ano, o prefeito havia declarado que não concederia o reajuste salarial do funcionalismo público, sob o argumento da dificuldade financeira prevista com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), contudo, com a aprovação desta gratificação aos recém-contratados, fica nítido que não há dificuldade financeira, mas apenas uma ausência de prioridade ao servidor público estanciano.
Ascom Sindseme