Quando se fala em Shopping Centers, a referência mais clara é Aracaju, por ser a capital. Mas quando se fala no primeiro shopping do interior sergipano, algumas pessoas até citam Socorro. Mas é bom lembrar que a cidade faz parte da Grande Aracaju. Assim, shopping no interior mesmo, o primeiro tem que ser considerado o Shopping Peixoto, em Itabaiana. Idealizado, construído e administrado pelo empresário Messias Peixoto, o shopping itabaianense sofreu um baque considerável, como todos os demais, com a pandemia do novo coronavírus e a Covid-19. Logo de cara, shoppings foram proibidos de funcionar através de decreto do governo estadual. “E como comprometeu. Só com dois anos e oito meses de funcionamento o Shopping, como tudo nesse mundo, ainda está começando a dar passos mais seguros, porém fomos premidos por um decreto e tivemos que obedecer”, revela Messias. Mas ele fez o que esteve ao seu alcance enquanto aguardava o retorno do funcionamento. “Criamos condições especiais para os lojistas. E assim conseguimos a retenção de muitos lojistas, graças a Deus e ao modelo que implantamos, de apoio aos lojistas, como zerar os aluguéis, redução de mais de 70 % no valor do condomínio e tantas outras ações”. Agora, com o Shopping Peixoto reaberto, eis que a palavra chave é fé. “Confie que tudo vai dar certo e corra para fazer o melhor. Lembrando sempre que existem inúmeras pessoas querendo está no seu lugar e que não tiveram a mesma sorte que você. Fé e foco!”. Saiba mais nessa entrevista exclusiva.
Correio de Sergipe – Como você enfrentou esse longo período de fechamento e o que foi preciso fazer para tentar manter a saúde financeira. Foram necessárias medidas drásticas?
Messias Peixoto – Com certeza tivemos que tomar medidas. Mas sempre com o objetivo de manter a esperança de que as coisas se normalizariam em algum momento. Tivermos que nos adaptar a esse novo normal. Não foi fácil, mas, graças a Deus, estamos conseguindo atravessar. Destacando que o primordial é manter a cabeça erguida, a disposição para o trabalho sempre presente e muita fé em Deus. Porque não é apenas um empreendimento. São muitas vidas que dependem disso, são muitas famílias. E isso foi um motivador e tanto.
C.S – Quando houve a determinação de fechamento do segmento, o shopping Peixoto ainda não tinha completado três anos de funcionamento. Esse novo cenário comprometeu algum plano de melhoria ou crescimento?
M.P. – Sim, e como comprometeu. Só com dois anos e oito meses de funcionamento o Shopping, como tudo nesse mundo, ainda está começando a dar passos mais seguros, porém fomos premidos por um decreto e tivemos que obedecer. Não foi uma questão de escolha, foi uma questão de obediência à lei.
C.S – Algum lojista chegou a pedir rescisão de contrato? Como o empreendimento foi realmente afetado. Foi preciso baixar aluguel, fazer isenção de taxas de condomínio?
M.P. – Olha, a situação realmente foi muito difícil nos primeiros momentos. Por esse motivo criamos condições especiais para os lojistas. E assim conseguimos a retenção de muitos lojistas, graças a Deus e ao modelo que implantamos, de apoio aos lojistas, como zerar os aluguéis, redução de mais de 70 % no valor do condomínio e tantas outras ações. Os lojistas já sabiam disso, mas puderam comprovar in loco, no dia a dia, que eles têm um verdadeiro parceiro na administração do Shopping Peixoto.
C.S. – Como foi o movimento na primeira semana de reabertura. Os clientes retornaram às compras?
M.P. – O movimento está sendo bom, os clientes estão comprando, também estamos com muitas promoções e isso também ajudou a melhoria do movimento. A nossa avaliação é de que a tendência é de um aumento constante e firme no movimento de agora em diante.
C.S – Qual a sua expectativa para essa retomada?
M.P. – Pode me chamar de otimista incurável, mas a minha expectativa para essa retomada da economia é a melhor possível. Só o fato de vermos as pessoas retornando aos seus postos de trabalho já é uma razão maravilhosa para ser otimista e para acreditar.
C.S. – A Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping) acredita que os shoppings sejam um dos lugares mais seguros, onde é possível monitorar as medidas de higiene e segurança. Porém, o comércio de rua reabriu primeiro. Como você avalia isso?
M.P. – Realmente a Alshop avaliou correto: o Shopping é um dos lugares mais seguros, porém o comércio de rua também precisa sobreviver. O que entendemos é que não há razão para se contestar quem abriu antes, quem abriu depois. O importante é que estamos funcionando e vamos fazer o nosso melhor, sempre, para atender as necessidades da população.
C.S. – Existe uma estimativa do impacto financeiro até agora?
M.P. – Tudo ainda é muito recente, as coisas estão acontecendo, assim, ainda não fizemos esse levantamento. Mas em breve teremos essas informações.
C.S. – Os shoppings sempre foram locais de encontro e diversão. O ambiente fechado e refrigerado sempre foi um dos diferenciais. Diante de tudo que está sendo vivido nessa pandemia, você vê esse seguimento apostando na criação de espaços abertos?
M.P. – Não, os Shoppings realmente são os ambientes mais seguros. Por isso mesmo é que eu recomendo as pessoas a ficarem atentas e darem preferência a ambientes como shopping center, pois o nível de controle é bem maior do que em qualquer outro caso.
C.S. – O senhor, como um empresário nato que é, qual mensagem poderia deixar para outros tantos empresários que, nesse momento, não sabem como agir para manter seus negócios ativos?
M.P. – Recomendo a todos que acordem cedo, faça sua oração diária, agradeça a Deus por estar vivo e com saúde e não permita que o desânimo tome posse da sua vida, confie que tudo vai dar certo e corra para fazer o melhor. Lembrando sempre que existem inúmeras pessoas querendo está no seu lugar e que não tiveram a mesma sorte que você. Fé e foco!
FRASE
Shoppings realmente são os ambientes mais seguros. Por isso mesmo é que eu recomendo as pessoas a ficarem atentas e darem preferência a ambientes como shopping center
Cláudia Lemos e Anderson Christian