Pela primeira vez na história, a capital sergipana terá uma maternidade pública administrada pela Prefeitura de Aracaju. A nova unidade de saúde está sendo erguida no bairro 17 de Março, na zona Sul e, quando estiver em pleno funcionamento, também contemplará, diretamente, os moradores dos bairros Santa Maria, São Conrado, Atalaia, Coroa do Meio, Aeroporto, Farolândia e toda a Zona de Expansão.
A obra tem investimento superior a R$17 milhões, fruto de convênio com o Ministério da Saúde, e já está com quase 50% dos serviços executados, com previsão de entrega para o final de dezembro deste ano.
A nova maternidade foi concebida dentro do planejamento estratégico para o desenvolvimento progressivo da cidade. Mas, por vários motivos, o projeto não foi levado adiante pela gestão municipal anterior e os serviços ficaram mais de três anos interrompidos.
A retomada da construção ocorreu em abril de 2019, já com o projeto reformulado e relicitado. Assim, cumprindo o cronograma estabelecido no projeto executivo, a Prefeitura avança na concretização do antigo sonho da comunidade de ter uma maternidade perto de casa será concretizado em breve.
"Em 2017, rescindimos o contrato com a empresa que estava contratada, que estava há muito tempo sem executar. Alteramos o projeto, em função de novas premissas estabelecidas pelo Ministério da Saúde. E quando se adapta a esse novo layout, tivemos que rever as fundações, então, nós passamos 2017 rescindido o contrato e revendo o projeto e fazendo nova licitação, a qual ficou concluída em 2018 e a obra reiniciada em 2019", explica o secretário municipal da Infraestrutura, Sérgio Ferrari.
Fase atual
Conforme Ferrari, a obra está avançada. "Está praticamente com metade executada. O prédio, em si, está pronto. Agora, estamos em fase de acabamento, que consiste a outra metade da obra, que significa pintura, fazer teto, piso, colocar ar condicionado, energia elétrica. Então, temos vários serviços que podem andar em paralelo. A partir de agora, a obra começa a ter uma nova fase e outra velocidade. A nossa intenção é que esteja concluída até dezembro deste ano", destaca Ferrari, ao frisar que a construção é considerada inovadora não apenas do ponto de vista estrutural, mas porque está inserida dentro de um contexto de assistência em saúde a comunidades carentes.
Estrutura e capacidade
O prédio é de porte médio e está inserido numa área de 7.589,92 m². Terá quatro andares, 25 salas, dois elevadores e vagas de estacionamento com capacidade para 95 veículos. Em funcionamento, a unidade terá capacidade para mais de 500 partos por mês. Serão cerca de 50 leitos de média complexidade.
Sua estrutura contará com dez leitos de Unidade de Terapia Intensiva neonatal (UTIn); dez leitos de Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional (UCINCo); cinco leitos de Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru (UCINCa); 50 alojamentos conjuntos (mãe e bebê agrupados); duas salas cirúrgicas com três leitos de recuperação pós anestésica; três leitos de cuidados intermediários; dois leitos de estabilização; nove leitos de aplicação de medicação e observação; e oito quartos PPP (pré-parto, o parto e o pós-parto).
Reutilização de equipamentos
A maternidade municipal receberá cerca de R$4,5 milhões em equipamentos e acessórios hospitalares adquiridos para o Hospital de Campanha (HCamp) Cleovansóstenes Pereira Aguiar. Assim que a crise sanitária decorrente do novo coronavírus for ultrapassada, os objetos serão devidamente desinfetados e transferidos para continuar servindo à população aracajuana.
São centenas de itens, como macas, monitores multiparâmetro, negatoscópios, ventiladores pulmonares, computadores, cadeiras, mesas, estantes, geladeiras, purificadores de água, entre outros, que estarão disponíveis para uso assim que a obra de construção da maternidade for concluída, e representarão uma parte significativa dos instrumentos necessários para o funcionamento da nova unidade hospital. O objetivo da administração ao reaproveitar todo esse material é garantir o uso eficaz do dinheiro dos contribuintes.