Servidores do município de Carmópolis deflagraram greve geral na terça-feira, 04. O motivo é o atraso no salário dos servidores efetivos que já dura três meses.
Apenas os serviços essenciais não serão afetados e funcionarão com 30% do efetivo. Munidos de cartazes e máscaras, alguns servidores estiveram na porta da Prefeitura Municipal para reivindicar os pagamentos.
De acordo com o coordenador do Sindicato dos Servidores Púbicos Municipais de Carmópolis, Rogério Santiago Santos, muitos trabalhadores estão passando necessidades sem o pagamento. “Estamos com 70% dos serviços paralisados porque os servidores efetivos estão há três meses sem salários e os contratados há 4 meses. Muitos servidores estão passando necessidades e comendo na casa de parentes e estamos pedindo cesta básica para outros. Os empréstimos condignados estão atrasados e outros servidores estão recebendo intimação da justiça por não pagar a pensão alimentícia”, lamenta.
A categoria busca regularização no pagamento de salários ou que sejam recebidos por algum representante do município.
Município
O Portal Infonet entrou em contato com a secretária de comunicação e cultura de Carmópolis, Luciana Andrade, que informou que a previsão é que o pagamento ocorra após o dia 10, já que o município entrou com um mandado de segurança para o desbloqueio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Segue o comunicado da prefeitura:
“O Gabinete do Prefeito através da Secretaria de Finanças informa que até o dia 11/08, o restante do pagamento dos efetivos do mês de junho será realizado. No momento a Prefeitura Municipal de Carmópolis entrou com um mandado de segurança para o desbloqueio do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), há meses bloqueado, fonte de recurso imprescindível para o pagamento da folha do funcionário público, além da queda considerável de outros recursos (royalties e ISS), impossibilitando tal pagamento. Salientamos que, no desbloqueio do FPM, a gestão se compromete em regularizar a folha, de imediato de todos os funcionários, onde anteriormente à crise financeira cumprira com pontualidade a este pagamento”.
por Aisla Vasconcelos