JC – Na capital já está definido o apoio a Edvaldo Nogueira na pré-candidatura?
AM – O apoio a Edvaldo Nogueira está consolidado. Eu dei autonomia para que o nosso diretório de Aracaju pudesse definir qual candidatura deveríamos apoiar. O diretório entendeu que, nesse momento, o melhor para Aracaju era apoiar a reeleição do prefeito Edvaldo Nogueira. Confesso que fiquei feliz, porque me sinto um pouco responsável pelo sucesso da gestão de Edvaldo. As obras que ele está executando foram, em sua maioria, viabilizadas pelo nosso mandato. Edvaldo teve um gesto comigo que poucos homens na administração pública tiveram. Mesmo sendo adversário com duros embates nas eleições, após tomar posse ele me procurou em Brasília, quando eu estava líder do Governo na Câmara, e pediu ajuda para conseguir realizar as mudanças que Aracaju precisava. E eu, por amor a Aracaju, resolvi ajudá-lo. De imediato o apoiei e busquei os recursos que ele estava necessitando. O agrupamento ao qual eu fiz parte estranhou naquele momento. No entanto, trabalhamos (eu e Edvaldo) numa parceria administrativa, transformando Aracaju em um verdadeiro canteiro de obras. A capital recebeu cerca de R$ 320 milhões em recursos federais graças a essa nossa parceria. w JC – Há possibilidade do partido estar dentro da composição da chapa majoritária? Qual melhor nome a ser indicado? AM – Fazemos parte de uma aliança composta por diversos partidos e há muitos bons nomes no partido, se o prefeito e o agrupamento entenderem que um desses nomes contribui para o fortalecimento do projeto principal, que é a reeleição do prefeito Edvaldo Nogueira, estamos à disposição. Não estamos impondo nada. Não estamos disputando indicação. Agora, temos bons nomes e fazemos parte dessa aliança. Nosso apoio a Edvaldo é importante por entender que ele dará continuidade ao trabalho bem feito que tem sido realizado. Já que entendemos que também temos participação no sucesso dessa gestão, pelas obras que estão sendo feitas na capital graças aos recursos que nós enviamos.
JC – O senhor está disponível para a disputa do pleito como pré-candidato? Por quê?
AM – Não tenho nenhum projeto político para as eleições de 2020. Meu planejamento é ajudar o PSC a fortalecer o partido no Estado de Sergipe e ajudar aqueles que estiveram comigo na minha eleição de 2018. É a maneira que eu tenho de retribuir a isso, como forma de gratidão. Não sou pré-candidato a absolutamente nada em 2020. Nem posso ser candidato, porque meu título de eleitor é de Japaratuba e minha esposa já é prefeita de lá. Só posso ser eleitor dela.
JC – Mesmo estando no Rio de Janeiro, como o senhor analisa o cenário político de Sergipe?
AM – Nós estamos bem inteirados sobre a política de Sergipe, que é meu domicílio eleitoral. Cumpro agenda todo fim de semana nos municípios sergipanos. Viajo pelo interior, ando pela capital, visito lideranças e converso com a população para saber das suas necessidades. Minha passagem pelo Rio de Janeiro se dá de forma técnica, através da gestão da Casa Civil, mas eu faço política em Sergipe e por Sergipe, da mesma forma que vinha fazendo na época do meu mandato como deputado federal, na liderança do Governo na Câmara e depois no Congresso. Saía de Sergipe na segunda-feira e retornava na sexta. Para mim, nada mudou. Quando não dá para viajar até o município, peço a compreensão dos amigos, que me entendem e vêm até a sede do PSC em Aracaju.
JC – Na última segunda-feira, dia 27 de julho, a 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Sergipe negou o seu recurso e ratificou por unanimidade a decisão do juiz Rinaldo Salvino, em 2017, pela condenação em atos de improbidade administrativa no Município de Pirambu. O senhor pretende recorrer da decisão?
AM – Minha assessoria jurídica está tomando as providências. Vamos recorrer. Nas outras duas oportunidades em que me foi concedido o direito de recurso obtivemos êxito junto aos tribunais superiores.
JC – Como vem sendo a sua defesa nessa ação? Comente sobre o andamento do processo.
AM – De acordo com a minha assessoria jurídica, a decisão não considerou as provas e testemunhas ouvidas nos autos, que estão todas a meu favor.
JC – O senhor, mais uma vez, retorna para o Rio de Janeiro para desempenhar a mesma função como secretário de Estado Civil. O que aconteceu de fato para estar novamente dentro do governo fluminense?
AM – Retomo meu trabalho após um diálogo com o vice-governador, Claudio Castro, pessoa com a qual tive excelente relação enquanto fui secretário de governo. A pedido do governador Wilson Witzel, o vice-governador me procurou e voltei assumindo uma secretaria mais ampla, com todas as condições para fazer um bom trabalho técnico de gestão e governança do Estado do Rio de Janeiro. O desafio é árduo, mas estou animado para trabalhar e cumprir os objetivos.
Por Mayusane Matsunae
Foto: Arquivo JC