A nova ausência de ministros em debates no Congresso, desta vez do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, para a audiência sobre ideias de melhorias do sistema eleitoral e segurança das urnas, foi alvo de duras críticas. O pouco caso levou parlamentares indignados a questionarem se os ministros realmente “têm apreço pela democracia” e se dão alguma importância para o poder Legislativo.
Viraliza nas redes sociais o adesivo gigante, no para-brisas traseiro de uma van, com uma foto do personagem de canelos engraçados e a frase: “Bozo, o palhaço que acabou com o circo do PT”.
O Congresso deve desfazer uma das decisões mais vergonhosas da história da ANS, que, em vez de “agência reguladora”, frequentemente mais parece entidade de defesa dos interesses das operadoras de planos de saúde. Trata-se do tal “rol taxativo”, que dispensa os planos de oferecer tratamento a pacientes de autismo, por exemplo, e pode ser anulado. O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), pautou o projeto para o esforço concentrado do período de 1º a 5 de agosto.
Entre as muitas “inverdades”, o pré-candidato do PT Lula fez apelo honesto a seus apoiadores no primeiro discurso de campanha que proferiu em Brasília, quarta (13): “nós temos que nos multiplicar na rua”.
Incêndios florestais na Europa em países como Itália, Portugal, Espanha, Grécia etc. são chamadas de ‘sazonais’ nas manchetes (lá e cá), e culpa da “onda de calor”. No Brasil, não deve existir temporada, nem calor.
Parlamentares de oposição passaram vergonha, terça, na Câmara dos Deputados, ocupando os holofotes com críticas à PEC dos benefícios sociais, ataques ao governo Bolsonaro e acusações de “uso eleitoreiro” do Auxílio Brasil, do vale-gás, dos vouchers para caminhoneiros, taxistas etc. Mas, na hora agá, votaram favoravelmente à expansão dos benefícios: a goleada foi de 393 votos a 14.
Sem coragem para votar contra a PEC dos Benefícios, o PT aproveitou para ficar no discurso. Chegou a até sabotar o regimento interno com a inscrição de fala de petistas entre os deputados que apoiariam a PEC.
A líder do PSOL, deputada Sâmia Bonfim (SP), acusou a PEC de ser eleitoreira, criticou o governo e o presidente. E orientou “voto sim”. Segundos antes da aprovação acachapante, Orlando Silva (PCdoB-SP) pagou mico, acusando os governistas de "não terem voto pra aprovar”.
O presidente Jair Bolsonaro fez um gesto importante, ao ligar por Facetime para a viúva do guarda civil Marcelo Arruda, assassinado em Foz do Iguaçu, para lamentar a tragédia e apresentar condolências.
A primeira semana de julho acabou com a comprovação de queda de 11% no preço médio da gasolina após aprovação da lei que classifica os combustíveis como bens essenciais e, portanto, limita a alíquota de ICMS em 17%. Segundo a ANP, o preço médio da gasolina comum em junho era de R$7,25 e desabou para R$6,49, mesmo com a resistência de alguns Estados, particularmente no Nordeste, que foram à Justiça para impedir que a redução dos preços chegasse aos consumidores.
Sem surpresas, o maior preço médio da gasolina é na região Nordeste, onde foram consultados 1.127 postos e o preço chegou a R$8,52. A diferença entre o mínimo (R$5,22) registrado pela ANP e o máximo, verificado no Nordeste onde a lei não é seguida é de incríveis 63%.
Pesquisa FSB mostrou uma queda de 5 pontos de Lula em relação a maio. Como nada houve que justifique a queda na diferença entre Lula e Bolsonaro para 9 pontos, fica a impressão de ajuste de números.
Deveria constranger os ministros do Supremo, só que não, a revelação da vice-procuradora Lindôra Araújo de que se pretendia investigar o presidente da República com base em matéria de imprensa. Vexame.
Agora se sabe que Lula, líder que adquiriu horror às ruas, só topou ir ao Rio usando colete à prova de bala. Mas o perigo vinha do alto, a inusitada chuva de cocô. Em vez de colete, melhor usar guarda-chuva.
Emendas de relator do orçamento já enviadas para execução somam R$12,3 bilhões e mais de 16,6 mil indicações. Do valor disponibilizado, cerca de dois terços foram destinados para a Saúde (R$8 bilhões).
A poucos dias de “deixar a vida para entrar na História”, Getúlio Vargas desabafou com o seu ministro da Viação, José Américo de Almeida: “Impossível governar este País. Os homens de verdadeiro espírito público vão escasseando cada vez mais...”
O ministro perguntou: “E o que o senhor acha dos homens de seu governo?” Getúlio: “A metade não é capaz de nada, e a outra metade é capaz de tudo...”
# Coluna do jornalista Cláudio Humberto, do Diário do Poder
Jornal A Região