O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse em coletiva de imprensa, neste domingo (27.fev), que o Brasil terá um posicionamento neutro diante da guerra na Ucrânia. Bolsonaro avaliou que não "quer trazer as consequências do embate para o país" e afirmou ainda que acredita que haverá uma solução para o conflito nas "próximas horas ou dias".
Bolsonaro afirmou ainda que conversou com o presidente russo, Vladimir Putin, mas que não poderia detalhar o que exatamente foi dito por eles. Horas depois, diante de versões de que a conversa teria ocorrido neste domingo, o Ministério das Relações Exteriores informou que a conversa à que Bolsonaro se referiu foi a que teve com Putin na Rússia, no início do mês.
O chefe do Executivo afirmou que a palavra "massacre" seria exagerada para classificar a situação da região e fez referência ao fato de o presidente ucraniano ter sido um "comediante". Questionado por uma jornalista se o Brasil ficará neutro diante da "iminência de ter um massacre contra civis", Bolsonaro fez sua avaliação da situação.
"Você está exagerando na palavra massacre. Não há interesse por parte de um chefe de Estado como o da Rússia em praticar um massacre onde quer que seja. Ele está se empenhando em duas regiões do sul da Ucrânia que em referendo em média 90% da população quer se tornar independente, quer se aproximar da Rússia. É isso que está acontecendo", afirmou o presidente
Sobre o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que era ator de um programa de comédia antes de ser eleito, Bolsonaro disse: "O Zelensky, que é o comediante, o presidente eleito da Ucrânia, eu acho que o povo confiou nele traçar o destino de uma nação. Confiou a um comediante o destino de uma nação. Ele deve ter o equilíbrio, segundo a população ucraniana, para tratar desse assunto".