A SPE (Secretaria de Política Econômica), do Ministério da Economia, divulgou nesta segunda-feira (31) uma nota na qual atribui a "expressiva redução do desemprego" à recuperação da economia brasileira.
O número de desocupados no país chegou a 11,6% em novembro de 2021 (dados do IBGE), com recuo de 2,8% em comparação a novembro de 2020. O nível atual da taxa de desocupação já se encontra no patamar pré-crise. Houve aumento da força de trabalho e do pessoal ocupado, tanto formal quanto informal.
“As pessoas que não estavam procurando emprego ou que gostariam de trabalhar mais buscaram reinserção no mercado de trabalho nesse período e encontraram postos de trabalho. Quando se compara ao mesmo período do ano passado, mais de 6 milhões de brasileiros entraram na força de trabalho”, diz o documento.
O estudo aponta que houve também uma importante redução da taxa de desemprego, devido à criação de 8,4 milhões de postos de trabalho em 12 meses, que absorveu o número crescente dos trabalhadores que estavam fora da força de trabalho.
A nota registra ainda que a agenda de reformas pró-mercado e o processo de consolidação fiscal têm permitido a manutenção do crescimento econômico sustentável, que possibilitará a elevação da atividade neste e nos próximos anos. “Como consequência, tem-se uma perspectiva positiva para o investimento e continuidade da geração de emprego nos próximos anos, que vão proporcionar a consequente redução da desocupação”, analisa a secretaria.
A nota da SPE constata que o retorno do nível do desemprego para o patamar inferior ao ocorrido entre setembro de 2016 e junho de 2019 ocorreu com forte elevação da população ocupada, mesmo com o aumento da força de trabalho. “Dessa forma, a relevante redução da população fora da força de trabalho, dos desalentados e subocupados, ocorreu graças à adição de quase 700 mil postos de trabalho por mês desde o final do ano passado, considerando o ajuste sazonal.”
O documento ressalta ainda que a melhora no mercado de trabalho também pode ser observada no avanço do emprego explicitado pelos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) referentes à ocupação formal, com expansão da criação líquida de postos de trabalho.
De acordo com o Ministério do Trabalho, o país fechou 2021 com a criação de 2,7 milhões de vagas formais.