De que forma, a comunicação e a rede de tecnologia 5G podem contribuir para a preservação do meio ambiente, como na redução de gases e no combate ao desmatamento. Essas possibilidades foram apresentadas pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria, na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26), em Glasgow, na Escócia.
Em participação nesta 5ª feira (11.nov), Faria destacou que a implementação de tecnologias de informação ajudará a diminuir os impactos negativos ao meio ambiente no Brasil, pois "propiciam um consumo menor de combustíveis fósseis, a economia de recursos naturais e transmissão do conhecimento necessário ao crescimento sustentável".
Faria também citou os investimentos que o Brasil poderá desenvolver com a implementação da rede 5G. Em relação ao meio ambiente, o ministro destacou que a conectividade permitirá um maior acesso à internet sem impactos negativos à natureza, a exemplo da Amazônia.
"Para atender toda a população, uma rede típica de telecomunicações na Amazônia poderia implicar na destruição de 68 milhões de árvores. O que faremos é uma rede subfluvial, que aportará nas principais comunidades amazônicas sem derrubar uma árvore sequer", declarou.
O ministro também disse que as aplicações do 5G devem otimizar processos e reduzir o consumo de energia, assim como o desperdício de recursos naturais. De acordo com o Ministério das Comunicações, 10% da energia no Brasil é perdida em processos de transmissão ou distribuição. Em relação à água, a perda pode variar entre 30% a 50%.
"Uma das aplicações mais interessantes consiste na instalação de microfones hipersensíveis ligados à rede 5G que captam as frequências sonoras do vazamento de água. Isso permite a sua rápida identificação, a localização e o pronto reparo", destacou.