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FALTA DE CHUVAS NO SUL E SUDESTE PARALISA HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ

Apesar da seca, canal poderia estar em funcionamento se obra pública tivesse sido concluída

Publicada em 22/10/21 às 09:25h - 162 visualizações

SBT Brasil


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FALTA DE CHUVAS NO SUL E SUDESTE PARALISA HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ
 (Foto: Reprodução)
A falta de chuvas no sul e sudeste do país paralisa a hidrovia Tietê-Paraná há quase 60 dias, no interior de São Paulo. O prejuízo deve chegar a R$ 3,5 bilhões até o fim do ano.

A Tietê-Paraná é usada para o escoamento de grande parte dos produtos agropecuários de sete estados do país: São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Tocantins e Rondônia. Cerca de 4 milhões de toneladas de grãos por ano passam por aqui e, depois, seguem para o porto de Santos (SP). Porém, com a maior escassez de chuva em 91 anos, o nível do rio baixou muito. O principal trecho que impede a navegação está em Buritama (SP), onde fica o pedral de Nova Avanhandava. 

Vitor Hugo Carvalho era marinheiro, mas foi demitido com a suspensão das operações. "Tinha lugar que ficava ruim para passar dependendo do horário, tinha que esperar horario de vazão", disse. Segundo ele, havia "risco de encalhe, de furar a barcaça, de bater um rebocador".

Apesar da seca, o canal poderia estar em funcionamento se tivesse sido concluída no ano passado uma obra para remoção das pedras, com recursos federais. O estado de São Paulo ficou responsável pela licitação para escolha da empresa, que depois de apenas um quarto realizado, rescindiu o contrato. Para a retomada, é preciso aprovação da União que, a princípio afirmou à reportagem que os recursos seriam liberados quando o governo paulista entregasse os documentos necessários. Mas, segundo o estado, tudo foi entregue e aprovado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

Questionado outra vez, o DNIT então admitiu que, sim, recebeu a documentação e dá prioridade à análise do novo orçamento. Mas alguém já começou a pagar essa conta: os trabalhadores demitidos. Segundo Luízio Rizzo, presidente do Sindicato dos Armadores da hidrovia Tietê-Paraná, "só funcionários hoje das embarcações [foram] em torno 350 a 400 pessoas já". Ele calcula ainda que os indiretos somem "1 mil pessoas, 1,2 mil pessoas mais ou menos".

O que acontece na hidrovia tem impacto em terra firme, na cidade de Pederneiras (SP), de 45 mil habitantes, que abriga um dos terminais do canal. Como muita gente perdeu o emprego na região, o comércio local sente uma queda significativa nas vendas. "Tem semanas que não vende nada", falou o comerciante Mário Rox Pinal. Lojas e supermercados do município ficam vazios.

O vendedor Felipe Lima é um dos que perderam o emprego na cidade. A mãe dele até decidiu se mudar: "foi morar em Campinas [SP] porque precisou fechar o comércio dela, porque não dava movimento". Além disso, todos os produtos que chegavam pelo rio agora vêm pela estrada. Para transportar a mesma quantidade que uma barcaça, são necessários 170 caminhões, a um preço de frete 20% mais caro. A população e o meio ambiente pagarão por isso, devido a uma emissão maior de gases poluentes.

O problema, de todo modo, é uma repetição. Entre 2014 e 2015, em outra seca, a hidrovia parou por 20 meses. Por isso, a prefeitura de Pederneiras aponta que algo podia e devia ter sido feito. Nas palavras de Paulo Fernando Galvão Filho, secretário de Desenvolvimento Urbando da cidade, "sempre estoura na ponta mais fraca, então a gente acaba sendo penalizado por uma questão que é de conflito de outras esferas. Então não dá para culpar São Pedro".



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