Pré-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT) falou na tarde deste domingo (3.out) sobre a tentativa de agressão que sofreu após a manifestação contra o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) em São Paulo, e pediu "trégua de natal" para os partidos políticos.
Após a manifestação do último sábado (2.out) na Avenida Paulista, manifestantes com camisetas do PT e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) tentaram jogar uma garrafa e pedaços de pau no político. "Temos que manter o foco no que interessa e não dar relevância ao que não tem relevância. Temos que ter capacidade de não entrar nesse tipo de de coisa lateral".
O pedetista voltou a criticar Jair Bolsonaro (sem partido) e explicou que a ampla trégua de Natal é apenas ao redor do assunto "fora Bolsonaro" e "impeachment já". "O que que eu tô propondo? Para toda a militância nossa não dar valor a esse incidente desagradável, mas que é irrelevante diante da luta gravíssima [contra o governo Bolsonaro]. Ciro ainda disse que é preciso levantar a bandeira branca e que até em guerras existe essa trégua. "Se concordamos que existe um inimigo do povo, que está comprometendo a democracia brasileira, temos obrigação de achar um modo de conviver".
Questionado se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparecerá nas próximas manifestações, Ciro disse "estarei presente porque considero dever moral com o povo brasileiro". Sobre a dificuldade de emplacar uma terceira via, Ciro criticou a mídia. "Terceira via é uma invenção preguiçosa da grande mídia. Não existe isso na vida real. O Brasil discute basicamente personalidade, o que é um defeito nosso, mas no simbólico discute posicionamento. Não tem nada a ver com essa terceira via que vejo nos jornais".