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Brasil

IMPRENSA INTERNACIONAL REPERCUTE DESFILE MILITAR EM BRASÍLIA

Jornais de outros países fizeram publicações sobre exposição de tanques na Esplanada na manhã desta 3ª

Publicada em 11/08/21 às 08:29h - 299 visualizações

SBT News


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 (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
A imprensa internacional repercutiu negativamente o desfile militar realizado na manhã desta 3ª feira (10.ago) na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Jornais de diferentes países compartilharam o ato, seguido de críticas, pelo fato de o desfile ter ocorrido no mesmo dia em que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do voto impresso está prevista para ser votada no plenário da Câmara. O ato foi visto como uma demonstração de força do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que defende o voto impresso.

Nos Estados Unidos, o períodico The Guardian classificou o desfile militar como o de uma "república das bananas", reproduzindo palavras de um jornalista brasileiro. Também disse que o ato foi organizado às pressas, e sem precedentes, seguindo especialistas consultados pelo jornal. O texto também citou criticas da oposição ao governo, entre eles do senador Omar Aziz (PSD-AM), que afirmou que o ato tatrava de uma prova de força.

 Os jornais argentinos Clarín e La Nación classificaram o ato como uma demonstração de força, citando a análise do voto impresso na casa legislativa. O La Nación afirmou que Bolsonaro fez uma "campanha agessiva" a favor da aprovação. O Clarín, por sua vez, disse que o desfile foi atípico, e que se deu em "um meio de clima de tensões institucionais" e "ataques ao sistema eleitoral".
Na França, um dos jornais mais tradicionais do país, o Le Monde, também ressaltou a crise de instituições judiciárias no país, com destaque a dizer que o Exército nunca havia marchado em frente à sede do poder político desde a volta do período democrático, em 1985. O jornal também classificou Bolsonaro como um presidente de extrema-direita.

Agências internacionais de notícias, como Associated Press (AP) e Reuters, também divulgaram o ato. A Reuters chegou a citar o período de ditadura militar vivido no país, entre 1964 e 1985, e citou uma declaração da senadora Simone Tebet (MDB-MS). A política questionou os tanques na rua no dia da votação da PEC, afirmando se tratar de uma "intimidação real, clara e inconstitucional".



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