O terceiro grupo de pastores da Universal expulsos de forma arbitrária da Angola chegou na tarde desta quarta-feira (19) ao Brasil, no Aeroporto de Guarulhos (SP). Foram catorze pessoas, entre elas esposas e filhas dos missionários, que foram recebidos por fiéis e o bispo Adilson Silva, responsável pela Universal em São Paulo.
Para o bispo Eduardo Bravo, presidente da União Nacional das Igrejas e Pastores Evangélicos, que representa mais de 50 mil igrejas no país, as deportações deveriam parar."Nós gostaríamos que essas deportações fossem interrompidas porque esses pastores brasileiros estão legais no país, não cometeram nenhum crime e estão sendo deportados", disse.
A perseguição aos brasileiros em Angola começou em 2019, quando ex-bispos e ex-pastores da Universal foram expulsos da instituição, depois de denúncias de conduta imoral e criminosa. Os dissidentes passaram a ocupar templos e residências de brasileiros em ações violentas.
Em março, o governo angolano notificou missionários brasileiros e familiares para que deixassem o país. Na semana passada, começaram as deportações. Já são 30 integrantes da Universal expulsos do país nas ações de perseguição religiosa e política, que violam tratados internacionais e os direitos humanos.
Nesta quarta (19), a Igreja Universal anunciou mudanças em sua direção em Angola. A instituição passará a ser comandada por cidadãos angolanos, buscano assim dar voz à sociedade local.