A suspensão do Censo Demográfico, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), poderá deixar estados e municípios sem dados e referências para comprovar o efeito das políticas públicas, além de afetar o planejamento de ações futuras. Nesta direção, especialistas apontam que a educação deverá uma das áreas que devem ser diretamente afetadas pela não realização do Censo, já que não se saberá o número de analfabetos e de alunos fora da escola.
"É por meio dos dados do Censo que se distribuem os recursos para educação, saúde, assistência e todas políticas públicas. Para quem quer acabar com essas políticas, não realizar o Censo é o passo primeiro", disse o diretor de Políticas Públicas da Fundação Santillana, André Lázaro, ao site G1. O Censo foi suspenso em função do orçamento da União, sancionado na semana passada por Jair Bolsonaro, não destinar recursos à realização da pesquisa.
Segundo a reportagem, “em o detalhamento, o país fica sem saber onde estão os 69,5 milhões de adultos acima de 25 anos que não completaram a educação básica em 2019. O número representa 51,2% da população adulta”. “Também não é possível detalhar onde estão os 11 milhões de brasileiros acima de 15 anos que não sabem ler e escrever. Os números são de outra pesquisa do IBGE, a Pnad Educação, feita anualmente. A mais recente foi divulgada em julho de 2020, com dados de 2019”, ressalta o texto.