O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que liderou há cinco anos o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, declara em entrevista à Folha de S.Paulo publicada nesta terça-feira (13), que "quem elegeu Bolsonaro porque não queria a volta do PT tem a obrigação de dar a governabilidade a ele". E que se estivesse no poder, apoiaria o atual ocupante do Palácio do Planalto.
Na entrevista, Cunha afirma que Michel Temer passou a trabalhar pelo afastamento da petista em agosto de 2015, mais de três meses antes da abertura do processo.
Cunha conta também que a decisão de promover o golpe contra o governo Dilma foi tomada na casa de Rodrigo Maia, em 10 de outubro de 2015. Nessa reunião ficou combinado alterar o pedido já protocolado pelo advogado Hélio Bicudo, para incluir decretos orçamentários de Dilma em 2015, que supostamente caracterizavam o crime de responsabilidade.