A produção industrial no Brasil interrompeu a sequência de nove altas seguidas e recuou 0,7% em fevereiro, na comparação com o mês anterior, de acordo com informações divulgadas nesta quinta-feira (1º), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Com a queda, o setor agora figura 13,6% abaixo do patamar recorde alcançado em maio de 2011, mas se mantém 2,8% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020). No período de nove altas consecutivas, a indústira acumulou ganhos de 41,9%.
“Nos últimos meses nós já vínhamos observando uma mudança de comportamento nos índices da indústria, que, embora ainda estivessem positivos, já apresentavam uma curva decrescente”, avalia André Macedo, responsável pela pesquisa.
Macedo diz que a redução das taxas positivas observadas pelo setor em janeiro foi intensificada em fevereiro, quando houve predominância de taxas negativas. "Três das quatro grandes categorias econômicas pesquisadas e 14 dos 26 ramos observados tiveram desempenho no campo negativo em fevereiro”, destaca o pesquisador.
Segmentos
Entre as atividades, as principais influências negativas foram observadas no segmento de veículos automotores, reboques e carrocerias (-7,2%), que havia acumulado 1.249,2% de expansão em nove meses seguidos de crescimento,
O estudo também destaca as contribuições negativas assinaladas pelos ramos de indústrias extrativas (-4,7%), outros equipamentos de transporte (-22,5%), de bebidas (-5%) e de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-12,3%).
Por outro lado, as principais influências positivas vieram de máquinas e equipamentos (18,5%), outros produtos químicos (8,1%), produtos de metal (10,6%) e produtos de minerais não-metálicos (9,7%).
Outros impactos positivos importantes foram dos ramos de metalurgia (5,1%), produtos de borracha e de material plástico (7%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (10%), celulose, papel e produtos de papel (4%) e produtos têxteis (6,3%).