O Brasil é reconhecido mundialmente por seu capital cultural. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, é o nono país em patrimônio cultural e o primeiro em patrimônio natural.
Segundo a presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Larissa Peixoto, entrevistada deste domingo (7) no programa Brasil em Pauta, da TV Brasil, o Brasil tem tudo para se promover no exterior e se beneficiar disso, de seu patrimônio, que é sua maior riqueza.
“Hoje a gente trabalha muito em parceria com o Ministério do Turismo também – eu sou servidora do Ministério do Turismo. Então, tem esse grande desafio de integrar essas políticas, trabalhar o turismo de forma sustentável, agregando ali para o turista também mais opções na cidade”, diz Larissa.
Para Larissa, não se pode deixar de reconhecer o Iphan como um verdadeiro protagonista da proteção e da salvaguarda do patrimônio cultural brasileiro. São mais de 1,2 mil bens tombados, 48 bens imateriais registrados, mais de 25 mil sítios arqueológicos cadastrados, 591 bens do patrimônio ferroviário valorados pelo instituto e que estão sob responsabilidade do Iphan, entre outros bens.
Neste ano, três bens imateriais devem ser avaliados pelo Conselho Consultivo do Iphan para serem reconhecidos como bens imateriais: o repente, o Banho de São João, em Mato Grosso do Sul, e a ciranda do Nordeste.
“[O Iphan está] em todos as unidades da Federação, [são] 27 superintendências, 37 escritórios regionais, que estão principalmente nas cidades históricas, e seis unidades especiais, que são nossos centros que recebem visitação”, acrescenta.
Segundo Larissa, no ano de 2020, o Iphan investiu cerca de R$ 53 milhões em obras de conservação e restauro do patrimônio material, o patrimônio edificado. “A gente trabalha cada vez mais com diagnóstico apurado, do estado de conservação dos bens tombados. O patrimônio imaterial registrado também.” Larissa informa que o Iphan tem investido em torno de R$ 63 milhões na salvaguarda de tais bens, ação em que conta com o apoio dos estados e municípios, que, por meio da gestão compartilhada, cooperam na gestão desses bens.