Das 58% das casas que afirmaram ter recebido o auxílio emergencial ou algum outro tipo de ajuda financeira, 73% receberam o valor em dinheiro. Deste montante, o brasileiro destinou a quantia, sobretudo, a alimentos e bebidas: 63% declararam ter feito este tipo de compra com o dinheiro do auxílio.
Os números são de um estudo promovido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), divulgado na quinta-feira (11).
De acordo com o levantamento, o dinheiro também foi usado para pagamentos de serviços básicos (47%) e produtos de limpeza (38%). Na cesta do brasileiro, os alimentos que mais tiveram alta foram o catchup (5,5%), azeite e creme de leite (os dois produtos com alta de 5,1%). Entre os produtos de limpeza, cloro (6,3%), amaciante (2,7%) e detergente líquido (1,2%) tiveram as maiores altas.
A pesquisa também revelou que o setor encerrou 2020 com alta real nas vendas. Na comparação entre novembro e dezembro, a alta foi de 18,13% e, no acúmulo geral do ano, alta de 9,36%.
"Prato feito" nas alturas
Itens principais do cardápio do brasileiro, feijão, arroz a carne tiveram altas que impactaram diretamente na rotina e no bolso. O prato feito, por exemplo, acumulou uma alta de 43,4% durante o ano, saindo de R$ 9,55 em janeiro de 2020 e chegando aos R$ 12,33 no último mês.
Os preços de arroz e batata dispararam: 83,7% e 71,5%, respectivamente. O feijão subiu 35,4%, enquanto o tomate teve alta de 33,1%.
As carnes também ficaram muito mais caras, com altas que variam de 12% (traseiro), passando por 15,9% (frango) e chegando a 28,2% (dianteiro).