A Associação Nacional de Transporte do Brasil (ANTB) projeta uma greve de caminhoneiros para 1º de fevereiro. Em entrevista ao SBT News, o representante da entidade José Roberto Stringasci - que também é integrante do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), grupo composto mais de 40 mil caminhoneiros em São Paulo e com representação em diversos estados do Brasil - afirmou que a categoria se articula para uma nova interrupção nas atividades: "Estamos nos mobilizando em nível Brasil sim, para fazer a paralisação".
O Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) é composto por 22 entidades. Stringasci diz que o conselho apóia a paralisação nacional.
"Acredito que seja igual a paralisação de 2018 ou maior. A categoria está organizada, consciente e tem muita gente apoiando a causa. Recebi, inclusive, apoio dos funcionários da Petrobrás, do Agro", aponta.
A greve dos caminhoneiros tem um antecedente nas paralizações de 2018, também conhecida com Crise do Diesel. Foram 10 dias de paralisação, de 21 de maio a 1º de junho, em forma de protesto para exigir uma redução nos preço do óleo diesel - que, na época, tinha subido mais de 50% nos últimos 12 meses.
Em maio, mês da reivindicação, a economia sofreu uma contração de 3,34%, segundo o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado pelo mercado como uma prévia do PIB.
A motivação da greve confirmada para esse ano é composta por 10 itens, entre eles a mudança imediata na política de preço dos combustíveis. Uma das exigências que da categoria é que o presidente Jair Bolsonaro esteja presente nas reuniões para negociar as reivindicações.
"De 2018 pra cá ele prometeu bastante coisas e até agora nenhuma foi cumprida, então a categoria, aqueles que foram lá [para a reunião], querem a presença dele. Uma vez que, nas eleições, grande parte dos caminhoneiros apoiou a sua candidatura".