No final da madrugada desta quinta-feira (3.dez), um avião de carga suíço pousou na pista do Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, com mais um lote de 600 litros de insumos de matéria-prima da vacina Coronavac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac, com o Instituto Butantan.
Com a segunda remessa que chegou à São Paulo, a carga pode ser transformada em até 1 milhão de doses de vacinas contra a covid-19. Os insumos são os 'ingredientes' necessários para produzir a vacina. A matéria-prima será utilizada no complexo fabril do Instituto Butantan para formulação, envase e rotulagem. As doses começarão a ser produzidas já a partir da próxima semana.
O embarque dos insumos aconteceu na quarta-feira (2.dez) em Pequim, na China, em um voo comercial da Swiss Air Lines que fez escala em Zurique, na Suíça, antes do desembarque no Brasil, no Aeroporto Internacional de Guarulhos.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o secretário da Saúde estadual, Jean Gorinchteyn e Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan, estiveram no aeroporto para receber a carga de insumos. "Viemos receber aqui no aeroporto internacional de guarulhos mais um lote da vacina Coronavac. A vacina do butantan, a vacina que vai salvar vida milhoes de brasileiros", disse Doria.
Esta carga é o segundo lote que chega ao país, com isso, se junta ao lote de 120 mil vacinas prontas que chegou em São Paulo em 19 de novembro. A vacina a granel foi acondicionada em três bags de 200 litros cada, colocados em um equipamento refrigerado a temperaturas de 2 ºC a 8 ºC. A matéria-prima será envasada pelo Instituto Butantan em frascos multidoses, conforme a orientação utilizada nas campanhas de vacinação do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Segundo o governador paulista, até o final de dezembro deve chegar mais 6 milhões de vacinas, deixando disponíveis para a população 7.120 milhões de doses prontas. Até o dia 15 de janeiro deve chegar mais uma carga com insumos para produção de mais 40 milhões de doses da vacina.
O processo de envase desta remessa de insumos deve levar de quatro a sete dias e envolverá, diretamente, cerca de 40 colaboradores do Butantan. A produção será ininterrupta.
O lote ainda passará por testes que vão aferir e validar a qualidade do produto e também do processo produtivo. Para o imunizante ser disponibilizado a população depende da autorização e registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A carga será transportada para o Instituto Butantan com escolta reforçada.