Um post nas redes sociais dá a dimensão da situação da pandemia de coronavírus no Brasil. Nele, gráficos mostram que o país sequer saiu da primeira onda, quando comparadas as tabelas de países europeus.
Enquanto Itália, França e Rússia possuem ondas bem distintas, com picos, queda e novas altas, ainda maiores, o Brasil tem um platô. Ou, ainda, é possível ver no site da Universidade John Hopkins o mesmo tipo de gráfico: uma "segunda onda" por aqui não é um termo muito adequado, ainda que os casos tenham aumentado no mês de novembro.
Nesse sentido, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou, em boletim que acompanha o avanço da Covid-19, que a atual situação do Brasil não pode ser chamada de "segunda onda".
No documento, a instituição afirma que há uma "inversão da tendência de redução desses indicadores" e que isso "deve servir como alerta para todo o sistema de saúde". A Fiocruz recomenda reforço a estrutura dos hospitais e aumentar ações de conscientização, realização de testes, isolamento e quarentena.
O "apagão" dos dados fornecidos pelo Ministério da Saúde no início do mês são ponto-chave do boletim, já que esta falta pode mascarar dados reais, tendo "um quadro de indicadores que efetivamente não reflete a realidade", acrescentando que a falta de testagem é um fator agravante.