O Pix é um novo sistema de pagamentos que foi apresentado pelo Banco Central em fevereiro de 2020, como uma forma gratuita de fazer transferências entre pessoas e empresas. A ferramenta deve substituir os tradicionais TED, DOC e boletos bancários e funcionará em qualquer dia e horário da semana.
O que é Pix?
Pix é um sistema de pagamentos criado pelo Banco Central e que começa a funcionar em novembro de 2020, com a proposta de facilitar transferências, pagamento de contas e até recolhimento de impostos e taxas de serviços.
Esses pagamentos serão efetivados em até dez segundos, a qualquer dia e horário do semana (mesmo às 21h de um domingo, por exemplo). Diferente dos meios tradicionais como TED, DOC e boleto, quais têm restrições de valor, custo e em alguns casos, demoram vários dias para serem efetivados.
Para pessoas físicas, o Pix será gratuito — seja para transferir para outra pessoa, receber, pagar um café na padaria ou um imposto, no caso de instituições governamentais.
O Pix tem sete características principais:
Disponibilidade: possibilidade de fazer pagamentos a qualquer horário e dia do ano;
Velocidade: a transferência ocorre em até dez segundos;
Conveniência: a experiência de uso deve ser intuitiva para o usuário;
Segurança: as transações serão baseadas na Rede do Sistema Financeiro Nacional (RSFN) e terão como base tecnologias de proteção atuais;
Ambiente aberto: o Pix estará disponível não só para bancos como também para financeiras, fintechs e afins;
Multiplicidade de casos de uso: o Pix permitirá transferências de qualquer valor entre pessoas ou empresas, pagamentos em estabelecimentos físicos ou virtuais e recolhimentos ao governo federal (impostos);
Fluxo de dados com informações agregadas: informações importantes sobre a conciliação poderão trafegar com a ordem de pagamento.
Como os pagamentos são feitos com o Pix?
O Pix poderá ser usado para pagamentos em estabelecimentos físicos, em lojas online ou para transferências entre pessoas, empresas ou instituições do governo. Para quem recebe, será preciso informar uma das chaves cadastradas ou mostrar um QR Code; já quem paga, basta acessar o aplicativo do banco para fazer o pagamento.
Para fins de comparação, é semelhante ao processo de enviar um e-mail. Só é preciso saber um endereço da pessoa, como as chaves.
O que são as chaves do Pix?
Ao invés de lembrar ou anotar código do banco e números de agência, conta e CPF ou CNPJ para fazer uma transferência, tudo que os usuários precisam é de uma chave do Pix, qual é conhecida também como “apelido” no sistema de pagamento — funciona bem se pensar como o nome de usuário de uma rede social, o @ de alguém.
Cada pessoa física poderá registrar até cinco chaves por conta, quais podem ser:
CPF;
Número de telefone;
E-mail;
Combinação numérica aleatória.
Essa chave fica vinculada ao banco no qual fez o cadastro e é por ela que se recebe o dinheiro. Uma chave usada em um banco não poderá ser também usada para outro, mas pode-se fazer a portabilidade da chave para outra instituição.
E o QR Code e NFC?
Há dois tipos de QR Code que podem ser usados no Pix: os dinâmicos, que mudam a cada transação; e os estáticos, quais permitem usar em múltiplas transações e podem ter ou não um valor já definido no código (ideal para estabelecimentos, por exemplo). Basta apontar a câmera do celular e fazer o pagamento, como já existe em outros aplicativos semelhantes.
Outra proposta é integrar o Pix com pagamentos sem contato, pelo NFC. É parecido com o QR Code, na prática, mas mais rápido, por só ter que aproximar o aparelho ao invés de fazer a leitura do QR Code com a câmera.
Saques
O Pix também permitirá saques, não logo no início. A ideia é que os usuários possam fazer saques em qualquer estabelecimento como uma loja de roupas ou no mercado da esquina. O usuário faz a transferência para a empresa e recebe o dinheiro em espécie na hora.