A taxa de desemprego brasileira foi de 14,4% no trimestre móvel encerrado em agosto, recorde da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012. O desemprego atingiu 13,8 milhões de pessoas no período, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (30.out) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o levantamento, os empregos diminuiram na Indústria (3,9%, ou menos 427 mil pessoas), no Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (4,7%, ou menos 754 mil pessoas), no Transporte, armazenagem e correio (11,1%, ou menos 507 mil pessoas), Alojamento e alimentação (15,1%, ou menos 661 mil pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (3,3%, ou menos 337 mil pessoas), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,4%, ou menos 740 mil pessoas), Outros serviços (11,6%, ou menos 510 mil pessoas) e Serviços domésticos (9,4%, ou menos 477 mil pessoas).
Houve aumento no grupamento de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (2,9%, ou mais 228 mil pessoas). Já a Construção apresentou estabilidade.
A pesquisa mostrou ainda que o número de trabalhadores subutilizados ? conceito que engloba desempregados, empregados que gostariam e poderiam trabalhar mais horas e os desalentados ? também cresceu e chega a 33,3 milhões de pessoas.
Outra alta foi o número de pessoa em desalento no trimestre: 5,9 milhões. O resultado é um recorde da série histórica da pesquisa do IBGE, iniciada em 2012.Desalentada é a pessoa que está fora da força de trabalho ? ou seja, não está empregada e nem tomou providências efetivas para conseguir emprego, como cadastrar-se em sites de emprego, olhar anúncios em jornais ? embora aceitassem uma vaga se alguém oferecesse.
A pesquisa mostra ainda que a taxa de informalidade chegou a 38,0% da população ocupada (ou 31,0 milhões de trabalhadores informais). No trimestre anterior, a taxa foi 37,6% e, no mesmo trimestre de 2019, 41,4%.