O Núncio Apostólico, Dom Gionanni D´Aniello se despedirá do Rio de Janeiro e do Brasil aos
pés do Cristo Redentor em Missa Solene na Igreja de Nossa Senhora da Glória no Outeiro, no dia 20 de agosto, as 11 horas. O Papa Francisco nomeou Dom D´Aniello para a Nunciatura Apostólica na Rússia e sua Excelência deverá seguir nos próximos dias para Moscou.
Foi ordenado sacerdote em 8 de dezembro de 1978 . É doutor em Direito Canônico. Ingressou no Serviço Diplomático da Santa Sé em 1983 , tendo desempenhado a sua atividade junto às representações pontifícias do Burundi , Tailândia , Líbano , Brasil e Seção para as Relações com os Estados da Secretaria de Estado, no Vaticano .Foi nomeado núncio apostólico na República Democrática do Congo , em 2001 , e em 2010 , foi transferido para a Tailândia e Camboja. No dia 10 de fevereiro de 2012 o Papa Bento XVI o nomeou núncio apostólico no Brasil .
A Missa contará com a participação de importantes lideranças da Igreja Católica entre elas
Dom Orani João Tempesta, Cardeal Arcbispo do Rio de Janeiro, por quem o Núncio tem grande apreço. Um Núncio Apostólico equivale a um Embaixador que representa tanto os interesses do Estado do Vaticano em questões Diplomáticas quanto representa o Papa nas questões ligadas a religião Católica. Os Núncios são formados pela Academia Pontifícia, uma das mais antigas e respeitadas escolas de diplomacia de todo o Mundo.
Logo que a transferência se efetivou, o Monsenhor André Sampaio, que é Diplomata da Santa Sé, tendo servido em várias Nunciaturas pelo mundo e que deixou a carreira diplomática do Vaticano para retornar ao País e cuidar de sua Mãe, doente à época e hoje descansando em Deus, escreveu um artigo. Intitulado: Deus abençoe Dom Giovanni´Aniello. O texto, brilhante como todos os de autoria do Monsenhor Sampaio foi publicado nas mídias da Arquidiocese do Rio de Janeiro e no respeitadíssimo Vatican News, um dos dos órgãos da Sala Stampa que noticia os fatos mais importantes da Sé Petrina e da Igreja mundo afora. Tomo a liberdade de reproduzir o texto e de fazer coro com Monsenhor André desejando que Deus abençoe Dom D´Aniello:
“A diplomacia pontifícia é a mais antiga diplomacia. Segundo Lebec, “foi ela que inspirou o essencial do Direito Público internacional moderno, no Congresso de Viena” (LEBEC, 1999, p. 11). Por isso, às vezes ela ganha o título de primeira diplomacia do mundo. Conta-se que, uma vez, um embaixador da América do Sul, junto à Santa Sé, disse ao Cardeal Domenico Tardini, na época secretário de Estado do Papa João XXIII: “Estou orgulhoso de servir a primeira diplomacia do mundo”. Recebeu como resposta: “Se nós somos a primeira, tenho realmente dó da segunda”. Essa frase é muitas vezes lembrada para sublinhar o realismo dos integrantes da diplomacia pontifícia que sabem que a diplomacia da Santa Sé é bem diferente, quanto aos fins e funções, das diplomacias dos Estados com os quais ela mantém relações diplomáticas. Jean-Louis Tauran, secretário para as Relações de Estado nos
anos 1990, durante o pontificado de São João Paulo II, esclarecia que “um núncio que quisesse desempenhar o papel de diplomata seria logo menosprezado pelos seus confrades. O que se exige antes de tudo de um núncio é que seja padre” (LEBEC, 1999, p. 12).